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Governo vai apresentar novas medidas para segurança nas estradas

Redação Folha Vitória

Diante da violência contra caminhoneiros que querem deixar a greve, o governo deve apresentar novas medidas para assegurar mais segurança nas estradas ainda nesta quarta-feira, 30, entre elas reforço no número de policias rodoviários federais e a criação de uma central para receber denúncias. Após acordo com o governo, alguns motoristas alegam que não conseguem seguir viagem porque estão sendo ameaçados.

No décimo dia de greve, a PRF contabiliza que ainda há 540 pontos de bloqueio nas estradas. Desse total, há dois pontos de obstrução total.

Segundo o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública), o presidente Michel Temer editará uma Medida Provisória (MP) nesta quarta-feira, 30, que permite o chamado "plantão voluntário" para policiais rodoviários federais. Com isso, na prática, será possível que o governo "compre horas de folga" dos policiais para que eles atuem por mais tempo na paralisação dos caminhoneiros.

Em coletiva de imprensa, Jungmann explicou que a medida não aumentará o efetivo, mas garantirá um reforço de mais 2 mil policiais. Atualmente, de acordo com ele, há 10 mil policiais atuando para tentar conter a greve dos caminhoneiros. Além disso, Jungmann citou que há 20 mil integrantes das Forças Armadas nas operações. No total, o efetivo nas estradas chega a cerca de 30 mil.

Questionado, Jungmann disse que a medida não representará aumento de gastos porque está dentro do orçamento da PRF. Ele citou como exemplo a instituição do Regime Adicional de Serviço (RAS) no Rio de Janeiro, desde 2012, que cria a possibilidade de policiais militares e civis fazerem trabalho extra para as próprias polícias para complementar a falta de efetivo.

Jungmann também afirmou que será criada e divulgada nesta quarta uma central de atendimento por WhatsApp para denúncias de violência contra caminhoneiros que têm relatado agressões em todo o País.

O ministro Sergio Etchegoyen (GSI) também afirmou que o governo está "profundamente preocupado" com a situação da violência e que haverá reforço das Forças Armadas. Ele afirmou que haverá uma reunião do centro de comando e controle, coordenado pelo Ministério da Defesa, ainda nesta tarde, para identificar pontos críticos onde o Exército irá atuar.

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