Morte irmãos carbonizados

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Justiça autoriza emissão de documento e corpos de irmãos mortos em Linhares são liberados

Carro de funerária que realizará o sepultamento dos meninos seguiu para Vitória para buscar os corpos

Corpos dos irmãos Joaquim e Kauã serão sepultados em Linhares, no norte do Estado

A Justiça autorizou, na tarde desta quarta-feira (09), a família dos irmãos Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauan Sales Burkovsky, de 6, a registrar o óbito tardio das crianças. Essa era a única pendência que faltava para que os corpos dos meninos fossem liberados do Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.

A informação foi passada pela advogada da família, Taycê Aksacki Wagmacker, que esteve no Fórum de Linhares nesta tarde. 

"Nós entramos com uma ação, que se chama Ação de Registro Tardio de Óbito, eu só consegui protocolar essa ação ontem [terça-feira] no final da tarde e, como é uma ação que tem os seus trâmites legais, teve que dar vista ao MP. Então não daria tempo de ir para o Ministério Público, voltar ontem ainda para o juiz dar a sentença. Assim que o fórum abriu hoje [quarta-feira], o processo retornou para cá, o juiz acabou de sentenciar, me deu a cópia da sentença e, através dessa cópia, nós vamos conseguir tirar as crianças do DML de Vitoria", disse a advogada ao site Norte Notícia.

Uma funerária de Linhares foi contratada para fazer o transporte dos corpos da capital capixaba para o município do norte do Estado, onde eles serão sepultados. A funerária informou que um carro saiu de Linhares por volta das 16 horas e está a caminho de Vitória para buscá-los. Segundo a advogada, a documentação foi entregue ao responsável pela funerária, que a apresentará no DML no momento da liberação dos corpos.

O exame de DNA que identificou os corpos de Joaquim e Kauã foi concluído na última segunda-feira (07). No entanto, como eles permaneceram por mais de 15 dias no DML, os familiares precisariam obter o chamado registro tardio de óbito para liberá-los e, para que o documento seja emitido, seria necessária a autorização judicial.

Velório

A advogada também informou que a família de Joaquim e Kauã não pretendem realizar um velório. Segundo ela, o enterro será reservado a familiares e amigos.

"Devido a toda essa repercussão, nós não achamos viável ter um velório. Na realidade, a gente pode ver que estamos tirando da família o direito de se despedir dos seus próprios filhos, porque nem isso eles vão poder fazer nesse momento, devido a toda essa repercussão. O que vai ser feito é o enterro", afirmou Taycê.

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