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Petroleiros fazem manifestação em frente à sede da Petrobras em Vitória

A paralisação teve início nesta quarta-feira (30) e segue até a noite da próxima sexta-feira (1)

Os petroleiros do Espírito Santo realizaram uma manifestação em frente à sede da Petrobras, na Avenida Reta da Penha, em Vitória. Com faixas erguidas na escadaria do prédio, eles pediram a não privatização da estatal. A categoria está em greve por 72 horas e a paralisação, que teve início nesta quarta-feira (30) e segue até a noite da próxima sexta-feira (1), também acontece em outros estados brasileiros.

De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES), é uma greve nacional de advertência. Os petroleiros exigem a redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis, através de mudanças na política de reajuste de derivados da Petrobras, com retomada da produção das refinarias a plena carga e o fim das importações de derivados.

Eles também pedem que a estatal não seja privatizada e a saída imediata do presidente Pedro Parente, que, com o aval do governo Michel Temer, mergulhou o país numa crise sem precedentes.

Os manifestantes estão apenas na frente da Petrobras e não fecharam nenhum sentido da Avenida Reta da Penha. No local o trânsito flui normalmente.

Veja o que querem os petroleiros:

• Redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis;
• Manutenção dos empregos e retomada da produção das refinarias a plena carga;
• Fim das importações de derivados de petróleo;
• Não às privatizações e ao desmonte do Sistema Petrobrás;
• Saída de Pedro Parente do comando da Petrobrás.

Impactos

O diretor executivo da Petrobras, Nelson Luiz Silva, disse nesta quarta-feira (30) que a paralisação dos petroleiros por 72 horas não terá impactos na produção de combustível no país. “Estamos observando e trabalhando para evitar qualquer impacto na produção”, disse a empresários, durante participação no Fórum de Investimentos Brasil 2018, na capital paulista.

Para Silva, a greve dos petroleiros tem caráter político. A categoria protesta contra a política de preços da Petrobras, a gestão estatal e os valores cobrados no gás de cozinha e nos combustíveis. 

Segundo informações da Petrobras, todas as operações no Espírito Santo, que são feitas nas plataformas marítimas, nas unidades de tratamento de gás e nas áreas de produção terrestre no norte capixaba, continuam com funcionamento normais, com segurança às equipes e instalações. 

Decisão da Justiça

A ministra do TST, Maria de Assis Calsing, concedeu uma liminar na noite de terça-feira (29) que proibia a greve dos petroleiros. Segundo a decisão, esta greve é ilegal. A liminar foi concedida a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).

Para a AGU, a greve vai trazer prejuízos gravíssimos dentro do cenário de desabastecimento que o país se encontra por causa da greve dos caminhoneiros. A AGU considera que a greve tem potencial para prejudicar o abastecimento do mercado interno de gás natural, petróleo e seus derivados.

A ministra determinou que os sindicatos dos grevistas paguem R$ 500 mil por dia pelo descumprimento da decisão judicial. Os petroleiros também não podem travar o trânsito de mercadorias e pessoas nas refinarias.

Outros estados

Pelo balanço da Federação Única dos Petroleiros (FUP), os trabalhadores cruzaram os braços nas refinarias de Manaus (Reman), Abreu e Lima (Pernambuco), Regap (Minas Gerais), Duque de Caxias (Reduc), Paulínia (Replan), Capuava (Recap), Araucária (Repar), Refap (RS), além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará (Lubnor), da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da unidade de xisto do Paraná (SIX).

A FUP informou que não houve troca dos turnos da 0h nos terminais de Suape (PE) e de Paranaguá (PR). Segundo a federação, na Bacia de Campo os trabalhadores também aderiram à paralisação em diversas plataformas.

Com informações do R7 e Agência Brasil.

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