Paralisação dos caminhoneiros

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Santa Maria de Jetibá decreta estado de emergência por causa de desabastecimento

As medidas foram tomadas, principalmente, devido ao desabastecimento de bens, produtos e gêneros de primeira necessidade

A Prefeitura de Santa Maria de Jetibá decretou na tarde da última ontem (28) situação de emergência na cidade e anunciou a criação de um Comitê de Gerenciamento de Crises para monitorar e traçar ações em relação aos prejuízos causados pela greve dos caminhoneiros em âmbito nacional.

As medidas foram tomadas, principalmente, devido ao desabastecimento de bens, produtos e gêneros de primeira necessidade no município, além da impossibilidade de escoamento da produção agropecuária e avícola e a aquisição de insumos necessários à manutenção das atividades econômicas.

Na prática, o decreto confere agilidade aos processos administrativos e significa um instrumento a mais na busca por meios, junto ao Governo do Estado, para a chegada de insumos agropecuários e o escoamento da produção.

O Comitê de Gerenciamento de Crise passa a ser a instância que deverá propor e adotar todas as medidas preventivas ou reparadoras, administrativas e judiciais, visando à manutenção dos serviços públicos essenciais à população, deliberando inclusive sobre a aquisição emergencial de itens necessários à normalização da prestação de serviços públicos.

Compete ao Comitê ainda o monitoramento de toda a situação de desabastecimento, bem como, se necessário, decretação de estado de calamidade pública ou revogação do estado de emergência.

Reuniões em Vitória
A Prefeitura, a Câmara Municipal e associações ligadas aos setores agrícolas, avícolas e suinículas do Estado, que juntas sofrem prejuízo avaliado em torno de R$50 milhões, de acordo com a Associação dos Avicultores do Espírito Santo (Aves), foram à Vitória na última quinta (28) para uma reunião com o Governo do Estado.

Na ocasião, o governador anunciou a desapropriação de alguns lotes de farelo de soja localizados no porto de Vitória. A medida vem a somar com a liberação, por parte do Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 6 mil toneladas de milho.

De acordo com a Aves, todo o plantel avícola e suinícola do Estado está sob risco iminente de descarte, o que acarretaria problemas graves de ordem sanitária, ambiental e de bem-estar animal. São 30 milhões de aves e 150 mil cabeças de suínos sofrendo com a quantidade de ração praticamente no fim, depois de nove dias de greve. Em relação aos ovos, a entidade informa que são pelo menos 400 mil caixas, algo em torno de 150 milhões de unidades, sem condições de escoamento.

Outra reunião está agendada para a tarde desta quarta-feira (30), no Palácio Anchieta, com o Governador e outros representantes de setores afetados pela crise.

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