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Matriz de risco: entenda como funcionará a classificação dos municípios capixabas

Ela passará a valer a partir do próximo domingo e vai considerar novas variáveis para classificar os municípios como de risco leve, moderado, severo ou extremo

Foto: Ricardo Moraes

Três municípios capixabas poderão ser incluídos, no próximo domingo (24), entre aqueles cuja ameaça da pandemia do novo coronavírus é considerada severa. São eles: Marataízes, Afonso Cláudio e Alfredo Chaves — este último já havia sido considerado de risco alto, mas conseguiu mudar seu patamar para risco moderado.

Atualmente oito cidades do Espírito Santo estão na situação de risco severo: Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Fundão, Santa Tereza e Presidente Kennedy. Nesses municípios, a atividade econômica funciona de forma parcial. O comércio, por exemplo, só é autorizado a funcionar de segunda a sexta, em um sistema de alternância entre os segmentos.

A nova classificação da matriz de risco também colocaria a maioria dos municípios capixabas em situação de risco moderado: 45 no total. Outros 22 permaneceriam como ameaça leve e 11 como ameaça severa.

Foto: Reprodução

A situação seria ainda mais grave caso a taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para tratamento da covid-19 — que hoje é de 69,72%, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) — chegasse a 91% em todo o Espírito Santo. Nesse caso, os 11 municípios com risco severo passariam a ser classificados como de risco extremo. 

Dessa forma, segundo o governador do Estado, Renato Casagrande, medidas extremas seriam adotadas nessas cidades para aumentar o isolamento social, como o fechamento total do comércio, dos serviços e das atividades industriais — o chamado lockdown. Os demais 67 municípios capixabas seriam considerados como de risco elevado, tendo como consequência a restrição parcial das atividades econômicas.

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Variáveis

A nova matriz de risco levará em consideração, além do coeficiente de incidência do coronavírus nos municípios — quantidade de casos confirmados — e do percentual de leitos ocupados, que já são considerados na atual matriz, a taxa de letalidade da doença, o índice de isolamento e o percentual de pessoas acima dos 60 anos.

Cada uma dessas variáveis terá um peso na classificação da ameaça nos municípios. O coeficiente de incidência terá peso de 50%, as taxas de letalidade e de isolamento, 20% cada uma, e o percentual de idoso, 10% de peso. Com base nisso, será feito um cálculo matemático que estabelecerá o nível de ameaça do coronavírus em cada cidade.

Além disso, o fator de vulnerabilidade, que é a taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19, seria levado em consideração na hora de definir a situação do município nessa nova matriz de risco. Uma taxa de ocupação de até 50% é considerada adequada; entre 51% e 80% de ocupação, há uma situação de alerta; de 81% a 90%, o grau de vulnerabilidade é considerado crítico; e acima de 91%, entre-se no chamado plano de crise, podendo-se adotar o lockdown nas cidades com risco extremo.

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