CORONAVÍRUS

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Municípios do ES poderão ter lockdown caso ocupação de leitos de UTI chegue a 91%

Atualmente, 11 cidades correm o risco de que isso aconteça caso a taxa de ocupação chegue a esse patamar, segundo a nova matriz de risco do Estado

Foto: Reprodução TV Vitória

A partir do próximo domingo (24), passa a valer por 14 dias a nova matriz de risco de contaminação do coronavírus no Espírito Santo. Com base nessa nova matriz, a ameaça da covid-19 será classificada como leve, moderada, severa ou extrema em cada município, de acordo com critérios de avaliação estabelecidos pelo Governo do Estado.

De acordo com o governador Renato Casagrande, caso algum município capixaba chegue à categoria de ameaça extrema, medidas radicais serão tomadas para controlar o avanço da doença, como o fechamento total do comércio, do serviço e da atividade industrial — o chamado lockdown.

Casagrande explicou que esse cenário poderá ocorrer caso a taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivo para tratamento da covid-19 no estado chegue a 91%. Atualmente, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), essa taxa é de 69,72%.

Segundo o governador, caso o índice de ocupação dos leitos de terapia intensiva fosse hoje de 91%, 11 municípios capixabas teriam de adotar medidas mais radicais de isolamento, pois estariam com ameaça extrema. São eles: Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Fundão, Santa Tereza, Presidente Kennedy, Marataízes, Afonso Cláudio e Alfredo Chaves.

Esses três últimos municípios, com base na atual matriz de risco, são considerados de ameaça moderada. Porém, com a nova classificação, deverão ser incluído no grupo de municípios com ameaça severa, onde há restrição parcial das atividades econômicas — o comércio, por exemplo, só é autorizado a funcionar de segunda a sexta, em um sistema de alternância entre os segmentos.

Também com base nos atuais números sobre a pandemia, a nova matriz colocaria a maioria dos municípios capixabas como em situação de ameaça moderada: 45 no total. Outros 22 permaneceriam como ameaça leve e 11 como ameaça severa.

Variáveis

A nova matriz de risco levará em consideração, além do coeficiente de incidência do coronavírus nos municípios — quantidade de casos confirmados — e do percentual de leitos ocupados, que já são considerados na atual matriz, a taxa de letalidade da doença, o índice de isolamento e o percentual de pessoas acima dos 60 anos.

Cada uma dessas variáveis terá um peso na classificação da ameaça nos municípios. O coeficiente de incidência terá peso de 50%, as taxas de letalidade e de isolamento, 20% cada uma, e o percentual de idoso, 10% de peso. Com base nisso, será feito um cálculo matemático que estabelecerá o nível de ameaça do coronavírus em cada cidade.

Foto: Reprodução
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