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VÍDEO | Profissionais da educação protestam contra o retorno das aulas presenciais em Vitória

O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini disse, em suas redes sociais, que o retorno das aulas presenciais será na próxima segunda (10); profissionais da educação pública alegam que não houve diálogo com a categoria

Nadine Silva Alves

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação
Segundo os organizadores, aproximadamente 250 carros participaram do ato 

O Sindicato dos Servidores Municipais de Vitória (Sindismuvi), a Associação de Professores (PadVix) e movimentos sociais estudantis realizaram, na manhã desta sexta-feira (07), uma carreata contra o retorno das aulas presenciais na capital do Espírito Santo, prevista para a próxima segunda-feira (10)

Segundo a presidente do Sindismuvi e assistente de educação infantil, Waleska Timóteo, aproximadamente 250 carros participaram do ato. Dentre eles, profissionais das escolas e pais de alunos, que saíram da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) em direção à Prefeitura Municipal de Vitória (PMV).  

Foto: Divulgação

A categoria dos profissionais da educação e os pais alegam que a decisão do retorno presencial das aulas não foi dialogada com os representantes do Sindismuvi e da PadVix. 

"Foi feita uma reunião com representante do sindicato das escolas privadas e presidente da Assembleia Legislativa (Erick Musso), que decidiram o retorno. Em momento nenhum conversaram conosco", frisou Waleska. 

Com a carreata, o desejo do movimento era encontrar com o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini. "Fomos para à Prefeitura de Vitória para conversar com o prefeito, mas ninguém nos atendeu e nem acenaram com um possível atendimento", destacou ela. 

O diretor da PadVix, Aguinaldo Rocha de Souza, disse que até o momento nenhum profissional de educação da área pública foi notificado sobre o retorno das aulas para segunda (10). 

"O retorno que ele anuncia por meio de dois vídeos, é um retorno midiático. Até o presente momento nenhum documento oficial, da PMV ou da secretária de educação, chegou para gente", explicou. 

Aguinaldo defende o retorno, mas com a devida proteção de todos. "Para a volta presencial de mais de 44 mil estudantes é preciso que seja feita com um planejamento e debate. Por mais que alguns professores já estejam vacinados, ainda não é o suficiente, pois há outros profissionais nas escolas" finalizou ele. 

Retorno das aulas presenciais em Vitória

Na última terça-feira (04), o prefeito de Vitória Lorenzo Pazolini anunciou, nas redes sociais, que as aulas presenciais na capital retornam na próxima segunda-feira (10). 

Em um vídeo, ele anuncia a voltas das atividades escolares após uma reunião com representantes da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe) e com o pediatra e integrante da Sociedade Brasileira de Pediatria, Rodrigo Aboudib.

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Pazolini garantiu que 43.618 alunos da rede municipal serão recebidos de forma segura, atendendo às normas sanitárias.

Em nota, a assessoria de comunicação do prefeito Lorenzo Pazolini contesta a informação que não houve diálogo. 

"A administração, por meio da Secretaria Municipal de Educação, tem um diálogo contínuo e permanente com a categoria desde que assumiu a gestão", escreveu em resposta ao questionamento. 

Ainda segundo eles, o retorno será gradual e que não será obrigatório. 

"Caberá às famílias decidir enviar ou não o estudante à escola. Aqueles estudantes que continuarem em casa serão atendidos pelo ensino remoto emergencial, que consiste nos conteúdos e atividades por meio da plataforma AprendeVix e outros recursos tecnológicos usados pelas escolas, ou os roteiros de estudo entregues de forma impressa às famílias

Governo do ES deve decidir nesta sexta (7) sobre o retorno das aulas

No pronunciamento previsto para o fim da tarde desta sexta-feira (07), o governador Renato Casagrande deve apresentar o Mapa de Risco com as possíveis mudanças sobre as aulas presenciais. 

Com uma redução no número de mortes e casos de covid-19 e queda na taxa de ocupação de leitos de UTI e de enfermaria, cresce a pressão para a reabertura das escolas nos 56 municípios em risco alto. 

Nessas cidades, só pode ocorrer atendimento individual com agendamento prévio. Em municípios de risco moderado e baixo, as aulas presenciais estão liberadas com limite no número de alunos de cada turma. 

Assista o momento que a carreata passa na orla de Jardim Camburi: 


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