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China se compromete a reduzir emissões, antes de negociações climáticas em Paris

Redação Folha Vitória

Pequim - O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, comprometeu-se nesta terça-feira a cortar as emissões de gases causadores do efeito estufa, como parte das negociações climáticas internacionais que devem ocorrer em dezembro em Paris.

Durante uma reunião com o presidente francês, François Hollande, Li disse que por volta de 2030 a China cortará as emissões relacionadas ao gás carbônico relativas ao tamanho de sua produção econômica em entre 60% e 65%, na comparação com os níveis de 2005, informou a agência estatal Xinhua. "Isso é muito difícil para um país vasto, mas faremos nosso melhor para atingir as metas tão logo quanto possível", afirmou Li em entrevista coletiva.

Hollande elogiou o anúncio e agradeceu Li por fazer o compromisso em Paris.

A China é a maior emissora de gases causadores do efeito estufa. O país também renovou um compromisso de garantir que suas emissões totais de gás carbônico atinjam um pico em 2030, se não antes. Na mesma época, Pequim também deseja elevar sua parcela de combustíveis fósseis no consumo de energia para 20%, de 11,2% no ano passado.

De várias maneiras, o controle de emissões da China já ocorre naturalmente, com a desaceleração econômica e a redução da dependência de indústrias muito poluidoras, como a de produção de aço, para buscar alternativas que possam garantir um crescimento mais sustentável. Pesquisadores dizem que as metas anunciadas até agora pela China são bastante factíveis para o país. Segundo eles, o pico de emissões da China deve mesmo ocorrer antes de 2030. Um recente relatório do Instituto Grantham Research, da London School of Economics, diz que a data deve ser próxima de 2025, possivelmente antes. Fonte: Dow Jones Newswires.

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