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Chuva pode reduzir espuma no Rio Tietê em Pirapora do Bom Jesus

Redação Folha Vitória

Sorocaba - Só as chuvas podem resolver de imediato o problema da intensa formação de espumas no Rio Tietê, no trecho de corredeiras ao longo das cidades de Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus e Salto, informou a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Nos últimos dias, além de cobrir toda a extensão do rio na área urbana, a espuma branca invadiu ruas, pontes e casas em Pirapora do Bom Jesus, assustando os moradores. Nesta quarta-feira, 24, chovia fraco na cidade e a quantidade de espuma era menor.

Conforme a agência, o fenômeno está diretamente relacionado à presença de detergentes no esgoto doméstico lançado sem tratamento no rio. Como o Tietê vem apresentando pouca vazão, consequência do período de estiagem, o baixo índice de oxigênio registrado na água, em torno de 0,3 miligramas por litro, quando o normal seria entre 5 e 7 mg/l, prejudica a degradação desse componente que, desde 1985, passou a ser obrigatoriamente biodegradável no Brasil.

Ainda segundo a Cetesb, a solução definitiva está associada a programas de esgotamento sanitário, incluindo a coleta, afastamento, tratamento e disposição final dos esgotos domésticos na Região Metropolitana de São Paulo.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que, desde 1993, desenvolve o projeto de despoluição do Rio Tietê, que já reduziu em 160 quilômetros a mancha de poluição do rio.

A Sabesp informou ainda que, em contato com a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), operadora da Usina Hidrelétrica de Pirapora, a vazão nos vertedouros foi diminuída para reduzir a formação de espumas. Os 'chuveirinhos' também têm sido usados para diluir a espuma, segundo a empresa. "A Sabesp tem um sistema de monitoramento que avisa quando se junta um grande volume de espuma e aciona o sistema de bicos aspersores instalados junto à barragem", informou em nota.

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