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CNI leva ao governo propostas para acordo do clima na COP-21

Redação Folha Vitória

Brasília - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) entregou ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) o documento "Propostas da indústria brasileira para o novo acordo de mudança do clima". O documento, elaborado em parceria com 11 associações setoriais e com as federações estaduais das indústrias, foi encaminhado na semana passada ao Itamaraty.

No documento, a CNI defende a redução das emissões de gases de efeito estufa, sem que tal medida comprometa a competitividade dos diversos segmentos da economia. As sugestões estão focadas nas negociações da 21ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP-21, marcada para dezembro, em Paris.

Para a CNI, a proposta brasileira deve focar no desenvolvimento de longo prazo e ser construída em sintonia com o planejamento energético e com a política econômica do País. Além disso, o setor sugere que o novo acordo inclua mecanismos de mercado que criem condições economicamente atrativas para a participação da indústria, propiciando fontes de financiamento e acesso a tecnologias de baixa emissão. Recomenda, ainda, que ações unilaterais de mitigação, adaptação, tecnologia, inovação, capacitação e financiamento não resultem em restrições ao comércio internacional.

Uma preocupação da indústria é que o acordo não comprometa programas e ações destinados a melhorar os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) de países em desenvolvimento. A indústria também propõe que as ações e os esforços de redução das emissões de gases do efeito estufa já empreendidos pelo País sejam reconhecidos e contabilizados nas negociações. "O Brasil deve assegurar o reconhecimento dos esforços já realizados nos programas de uso e desenvolvimento de energias renováveis", destaca o documento.

A CNI acompanhará as negociações da COP-21, em Paris, para um novo acordo climático global. Antes disso, a entidade promoverá, no Rio de Janeiro, em 3 de setembro, o CNI Sustentabilidade, com o tema "Mudanças Climáticas: desenvolvimento em uma economia global de baixo carbono".

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