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Quadrilhas resistem ao tempo e mantém tradição nas festas juninas

As festas juninas acontecem em comemoração aos dias de três santos populares e lembrados no mês de junho

Marcela Cota

Redação Folha Vitória

Os meses de junho e julho são caracterizados por danças, comidas típicas, bandeirinhas, além das peculiaridades de cada região. As festas juninas já estão espalhadas por todo território nacional, inclusive, no Espírito Santo.

Tradicionalmente, as festas juninas acontecem em comemoração aos dias de três santos populares e lembrados no mês de junho. Dia 13 de junho, dia de Santo Antônio, 24 de junho, dia de São João e 29 de junho quando é celebrado o dia de São Pedro.

Entre os estados com maior história das festas caipiras no mês de junho, os da região do nordeste são os que mais se destacam. Os moradores da região agradecem aos santos pelas chuvas ocorridas durante o ano, já que é uma região árida.

A Prefeitura Municipal de Campina Grande (PB) é recordista de maior quadrilha junina. Em 2017, a festa junina cidade contabilizou 885 pares. O representante do RankBrasil, Luciano Cadari, informa que a cidade obteve o recorde pela primeira vez em 2013 (com 628 pares) e depois superou em 2014 (716), 2015 (725), 2016 (746), além do ano passado.

De acordo com Cadari, é uma satisfação acompanhar mais uma vez esta dança, que mostra uma cultura passada de geração em geração. “São pessoas de todas as idades que se unem para manter uma tradição. Juntos, os pares brilham com suas cores e coreografias”, destaca.

Tradição

Para os capixabas, o que não pode faltar é uma boa quadrilha e muitas comidas típicas, como por exemplo, milho verde, canjica, pé de moleque, entre outros. Para a estudante Yasmin Alves, 16 anos, o mais importante da comemoração são as comidas, animação, jogos, quadrilhas e músicas são. '' Alegria define festa junina'', completa.

Geremias Fernandes de Oliveira, presidente da Associação Capixaba dos Arraias de Vitória, explica que a cada ano percebe as festa juninas tentando se manter com as tradições e costumes. ''Diminuiu muito o número de quadrilhas participantes no festival que acontece há 30 anos no Sambão do Povo. Há seis anos eram 36 arraiás e atualmente são apenas 15'' completa.

Para o presidente, principalmente as danças estão sendo mudadas, com roupas estilizadas e mais modernas. ''Para esse ano a intenção é realizar o festival com bastante tradição, mas fica mais difícil. Por exemplo, as fogueiras são perigosas e por isso não conseguimos autorização, porém, é uma tradição das festas juninas'', ressalta.

O organizador do festival, José Carlos Martins, comenta que o estilo de roupas caipiras com remendos está acabando e as músicas também são diferentes, algumas são cantadas. '' Precisamos de incentivo e apoio para continuar e manter a cultura da festa junina no Estado'', explica. 

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