CORONAVÍRUS

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Solidariedade: mais de 10 mil refeições já foram distribuídas para os moradores em situação de rua de Vitória

De acordo com a Prefeitura de Vitória, cerca de 600 pessoas moram nas ruas da capital

Foto: Reprodução TV Vitória

Durante a pandemia do novo coronavírus, a solidariedade tem ganhado força para vencer os desafios impostos pela doença. As "Tendas do Bem", por exemplo, já distribuíram mais de 10 mil refeições para moradores em situação de rua. 

O grupo do Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro-Pop), da Prefeitura de Vitória, também aproveita a oportunidade para passar orientações sobre a covid-19. 

Em Vitória, há duas tendas montadas, uma perto da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e a outra no  bairro Enseada do Suá. No local são distribuídas marmitas, lanches e água. Funcionários também passam orientações de como prevenir a doença e oferecem locais para higienização das mãos. 

De acordo com o Coordenador do Comitê de Gerenciamento Sociais dos Impactos Causados pela covid-19, Bruno Toledo, em 15 dias foram distribuídas  5.200 marmitas, 5.255 lanches e 4.368 garrafas de água. 

"Nós triplicamos nossa capacidade de atendimento às pessoas. Além do Centro-Pop, também montamos as duas tendas para distribuir alimentos. Também temos serviço de abordagem social para orientar as pessoas e o Consultório na Rua, que realiza, diariamente, 50 abordagens para dar orientações e distribuir mascaras", destaca. 

De acordo com a Prefeitura de Vitória, atualmente, cerca de 600 pessoas estão em situação em rua na capital. Em média, 300 pessoas estão abrigadas temporariamente nos albergues e abrigos da cidade. Os demais moram nas ruas, mas recebem as refeições distribuídas pelo Centro-Pop.

A prefeitura monitora os número de casos confirmados de covid-19 entre a população de rua. Segundo a gestão municipal, dez moradores em situação de rua estão com a doença. De acordo com Bruno, o objetivo neste momento é oferecer um lugar em que os contaminados possam ficar isolados e se recuperar. "As pessoas estão abrigadas, mas não estão isoladas. Precisamos construir um local próprio para o isolamento", explica. 

Apesar de ainda não ter identificado um aumento no número de pessoas em situação de rua na capital, o coordenador acredita que a pandemia pode deixar consequências econômicas que acabem causando esse aumento. "A gente sabe que este fenômeno está diretamente ligado às questões sociais e ao desemprego. Durante a pandemia, esses são setores afetados", afirma. 

*Com informações da repórter da TV Vitória/Record TV, Milena Martins. 

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