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Planetário de Vitória tem programação especial no aniversário de 27 anos

Na próxima quinta-feira (23), serão dois horários de programação gratuita e com entrada gratuita

Foto: André Sobral/Prefeitura de Vitória

Há 27 anos, o Planetário de Vitória difunde a ciência e o conhecimento na capital capixaba e em todo o Estado. Destino de incontáveis saídas pedagógicas de escolas, o Centro de Ciência, Educação e Cultura faz parte da memória afetiva de muitos estudantes, professores e apaixonados pela Astronomia desde 23 de junho de 1995.

Dentre os objetivos do local, estão a promoção da elaboração, adaptação e aperfeiçoamento de metodologias e atividades do ensino de Astronomia e Ciências; o oferecimento do plantão pedagógico online, ensino a distância e material para consulta e apoio para professores da Educação Básica de cursos presenciais e semipresenciais. 

Para comemorar a data, tem programação especial, gratuita e aberta ao público. Na próxima quinta-feira (23), serão dois horários de programação gratuita e com entrada gratuita.

Pela manhã, a partir das 8 horas, tem o lançamento nas redes sociais do Planetário do post "Com quem você visitou o Planetário e em que ano?" Conte a sua história com o Planetário nas redes!

Além disso, a Escola de Inovação entrega um presente ao Planetário. Haverá ainda apresentação do acervo físico: planetas táteis; sistema solar em escala; painel de evolução do universo; e buraco negro.

À tarde, a partir das 15 horas, tem abraço simbólico no Planetário com a participação das escolas agendadas e apresentação do acervo físico.

"O Planetário de Vitória é o primeiro dos seis Centro de Ciência, Educação e Cultura que temos em nossa capital, isso é um marco. É um equipamento público que cumpre um papel importantíssimo na difusão do conhecimento e no incentivo à ciência. Ele nasceu também desse desejo de tornar a ciência acessível e de fazer de Vitória uma cidade educadora. É com muito orgulho que comemoramos essa data, tenho certeza que o Planetário fez parte da história de muitos estudantes e certamente continuará fazendo, por muitos anos", destacou a secretária de Educação de Vitória, Juliana Rohsner.

O Planetário de Vitória na Avenida Fernando Ferrari, 514. Campus de Goiabeiras da Ufes. Próximo ao laguinho da universidade.

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História do Planetário de Vitória

A astronomia é uma das ciências mais antigas praticadas pela humanidade. Desde a Antiguidade a observação das estrelas se faz presente entre as civilizações. Muitos séculos de estudo e acúmulo de conhecimento depois, o projeto de criação do Planetário de Vitória tem sua origem nos primeiros anos da década iniciada em 1980, quando, pela primeira vez, a Associação Astronômica Galileu Galilei (AAGG), uma associação de astrônomos amadores, sediada na capital capixaba, apresentou à Prefeitura Municipal de Vitória uma proposta de aquisição, pela PMV, de um projetor planetário e sua instalação no município. Nessa época, contudo, não houve condições de o projeto ser implementado.

Ao longo daquela mesma década, porém, aconteceu um evento astronômico marcante: a passagem do cometa Halley próximo ao Sol e à Terra, no final de 1985 e início de 1986. Graças a esse evento que, à época, teve grande repercussão junto ao público e à mídia, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) mobilizou esforços no sentido de atender ao grande interesse da comunidade pelo evento, construindo um observatório astronômico didático, o Observatório Astronômico da UFES (OA-Ufes), no campus de Goiabeiras, sob a responsabilidade do Departamento de Física. No observatório, foi instalado o telescópio Zeiss Meniscas-Cassegrain, com espelho de 15 cm, que já estava na universidade há alguns anos. O Observatório foi então inaugurado em fevereiro de 1986, bem a tempo de observar o cometa Halley durante aquela passagem, a próxima só ocorrerá em 2061!

Após a inauguração do OA-Ufes, naquele mesmo ano de 1986, por meio do projeto de extensão "Observações Astronômicas", a Universidade começou a prestar um serviço regular de atendimento à população em sessões semanais de visitação e observação do céu, das quais participavam professores do Departamento de Física, membros da Associação Astronômica Galileu Galilei e estudantes.

Graças ao sucesso na execução do projeto Observações Astronômicas, o projeto de criação do Planetário de Vitória foi retomado, buscando o apoio de outras instituições públicas, como a PMV e o governo do Espírito Santo.

A Ufes, via Ministério da Educação, adquiriu o projetor planetário, modelo Zeiss ZKP-2P, e a Prefeitura de Vitória construiu o prédio, com uma sala de projeção em cúpula de 10 metros de diâmetro para instalação do projetor. O Planetário de Vitória foi, assim, inaugurado em 23 de junho de 1995 no campus de Goiabeiras, próximo ao Observatório Astronômico, iniciando suas atividades a partir desta data.

No âmbito da Ufes, desde sua criação, o Planetário está vinculado ao Centro de Ciências Exatas e ao Departamento de Física, incumbido de indicar o seu Diretor Técnico-Científico dentre os professores do Departamento atuantes na área da Astronomia e Astrofísica.

No âmbito da PMV, faz parte da Secretaria Municipal da Educação, sendo o primeiro Centro de Ciência, Educação e Cultura do município (CCEC). Mais tarde, vieram a Praça da Ciência, a Escola da Ciência - Física, a Escola da Ciência - Biologia e História. E, mais recentemente, a Escola de Inovação e o Centro de Línguas.

A partir de 2002, após um reforço na equipe, com mais professores efetivos da Seme e maior número de planetaristas e estagiários, o Planetário de Vitória passou a diversificar bastante suas atividades, oferecendo, além das tradicionais sessões de planetário, também diversas outras, como oficinas, minicursos, palestras, cursos de formação continuada para professores, exposições e eventos científico-culturais diversos. Atualmente, o Planetário vem atendendo a um público anual entre 20 a 30 mil pessoas.

Laboratório de ensino e difusão científica, o espaço busca integrar-se à sociedade, estabelecer parcerias e angariar apoio visando a cumprir sua missão educacional da maneira mais ampla possível, buscando levar a cultura técnico-científica a uma parcela cada vez mais ampla da população, contribuindo, assim, para o desenvolvimento sócio-cultural e exercício da cidadania em nosso estado e país.

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