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Dia Mundial do Meio Ambiente alerta para o efeito perigoso da poluição plástica

Além dos impactos ambientais diretos, engenheiro agrônomo do ES explica que a poluição plástica também traz problemas socioeconômicos significativos

Redação Folha Vitória

Foto: Hydra Irrigações/Divulgação
Elídio Gama Torezani, diretor da Hydra Irrigações, de Linhares.

O ano de 2023 marca o 50º aniversário do Dia Mundial do Meio Ambiente, uma data crucial criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972, mas celebrada oficialmente no ano seguinte. Comemorando essa ocasião importante, a ONU escolheu a poluição plástica como tema central do encontro de 2023.

A poluição plástica refere-se à acumulação de resíduos de plástico no meio ambiente, especialmente nos oceanos, rios, lagos e até mesmo no solo. 

É um tema visto com muita preocupação por especialistas que trabalham com recursos naturais, como o engenheiro agrônomo Elídio Gama Torezani, diretor da Hydra Irrigações, de Linhares.

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“Esse problema tem se intensificado nas últimas décadas, devido ao uso excessivo e descarte inadequado do plástico. A durabilidade do plástico, que pode levar centenas de anos para se decompor naturalmente, tem gerado uma crise ambiental global de grandes proporções”, afirma Elídio Torezani.

Os impactos negativos da poluição plástica são vastos e alarmantes. Animais marinhos, como tartarugas, aves, peixes e mamíferos, confundem os resíduos plásticos com alimento e acabam ingerindo-os, causando danos à saúde e até mesmo a morte. 

E microplásticos, que são pequenas partículas resultantes da degradação deste material, estão sendo encontrados em organismos marinhos e, consequentemente, na cadeia alimentar humana.

“Além dos impactos ambientais diretos, a poluição plástica também traz problemas socioeconômicos significativos. Setores como turismo, pesca, aquicultura e agricultura irrigada sofrem com a deterioração dos ecossistemas costeiros e marinhos, resultando em perdas financeiras e empregos. A infraestrutura de gestão de resíduos em muitas regiões do mundo está sobrecarregada e não consegue lidar adequadamente com a quantidade crescente de plásticos descartados”, destaca o engenheiro agrônomo.

Para enfrentar esse desafio global, Elídio Torezani pontua ser fundamental adotar medidas que reduzam a poluição plástica e promovam o uso consciente da água, tais como:

1. Redução do consumo de plástico: optar por alternativas sustentáveis, como sacolas reutilizáveis, garrafas de água de vidro ou aço inoxidável e produtos com embalagens recicláveis.

2. Agricultura sustentável: promover práticas agrícolas que usem a água de forma eficiente, como a irrigação por gotejamento.

3. Reciclagem: separar corretamente os resíduos plásticos para que possam ser reciclados adequadamente. Também é importante apoiar e incentivar a indústria de reciclagem.

4. Educação e conscientização: informar-se e conscientizar outras pessoas sobre os impactos negativos da poluição plástica, incentivando mudanças de comportamento.

5. Participação em iniciativas locais: engajar-se em projetos comunitários de limpeza de praias, rios e parques, promovendo a conscientização sobre a importância de preservar o meio ambiente.

6. Pressionar por políticas efetivas: exigir políticas governamentais mais rigorosas em relação ao uso de plásticos descartáveis e à gestão adequada de resíduos.

A água é um dos recursos mais importantes do planeta e sua preservação é essencial para a sobrevivência de todas as formas de vida. 

Hoje, mais de 85% da população mundial vive em áreas urbanas, o que significa que a maioria das pessoas não têm contato direto com a produção de alimentos e, consequentemente, com a quantidade de água necessária para cultivá-los. 

“Isso pode levar a um comportamento irresponsável em relação ao uso desse recurso finito, principalmente quando se trata de descartar lixo de forma inadequada e gerar em excesso água contaminada em forma de esgoto. Esses hábitos são os principais responsáveis pela contaminação dos cursos naturais de água limpa. Garrafas pet, plásticos e objetos descartáveis são alguns dos mais comuns encontrados nos corpos d'água”, destaca o engenheiro agrônomo.