Puladores de roleta causam prejuízo de R$ 3 milhões para empresas de ônibus da GV

Os puladores de roleta causam um prejuízo de cerca R$ 3 milhões por ano às empresas de ônibus que atuam no sistema Transcol, na Grande Vitória. Isso é o que garante o diretor executivo do GV Bus, Elias Baltazar. Além do prejuízo, esses passageiros intimidam a população que usa o transporte público. Nem mesmo as câmeras instaladas nos coletivos inibem a prática.

O prejuízo também é sentido no bolso da população. “Quando uma pessoa deixa de rodar a roleta, ela deixa de ser contada como passageiro. O Estado define o valor da tarifa de acordo com o número de passageiros que é menor, e isso consequentemente deixa a tarifa maior, porque menos pessoas foram contadas como passageiros” afirma Baltazar.

O ato de pular a roleta deixou de ser um problema social para se tornar uma questão de segurança pública. Números indicam que 90% dos assaltos a ônibus são praticados por quem não paga a passagem. “A maior parte de ocorrências de roubos e furtos foram realizadas por pessoas que pularam a roleta. Existe uma ligação de que boa parte de quem pula roleta são pessoas que agem com violência nos coletivos”, diz o diretor.

De acordo com a Polícia Civil, o ato de pular roleta pode se enquadrar em vários tipos de delitos, como constranger alguém mediante ameaça ou violência ou crime de fraude quando se usa o transporte público sem pagamento.

Morte após pular roleta

No último dia 16 de maio, um adolescente foi morto após pular a roleta de um ônibus do Sistema Transcol, na Serra. As vítimas estavam a caminho de um baile funk. No meio da viagem, o jovem conhecido apenas por "baiano", foi assassinado. Passava de meia noite quando os quatro amigos embarcaram no ônibus da linha 832. Todos eles pularam a roleta, mas logo quando se sentaram, foram abordados pela gangue. 

Jovem baleado

No mês passado um jovem foi baleado dentro de um ônibus, no bairro Bela Aurora, em Cariacica.