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Laudo da Defesa Civil de Vitória sobre desabamento em condomínio deve ficar pronto em uma semana

Segundo o coordenador municipal do órgão, documento vai apontar prováveis causas do desastre. Análise inicial aponta que colapso teria iniciado na área da piscina

Desamento da área de lazer pode ter tido início na piscina do condomínio Foto: Everton Nunes

O laudo da Defesa Civil de Vitória, apontando as prováveis causas do desabamento da área de lazer do condomínio Grand Parc Residencial Resort, na Enseada do Suá, deve ficar pronto em uma semana. A informação é do coordenador municipal da Defesa Civil, Jonathan Jantorno Rocha. 

O coordenador, no entanto, explicou que esse relatório é diferente da perícia técnica feita pelo Corpo de Bombeiros, que ficará pronto em até 90 dias e deverá apontar as reais causas do desastre.

Segundo Rocha, pelas análises feitas pela Defesa Civil municipal ao longo do dia, tudo indica que a origem do desabamento tenha sido a piscina do condomínio. Moradores chegaram a relatar uma infiltração no local, em 2013. A investigação criminal do caso está sendo conduzida pela Polícia Civil.

"A vistoria da Defesa Civil vai se concluída por meio de um auto de interdição e um laudo de vistoria. Esse laudo aponta alguns indícios que levaram ao colapso dessa estrutura. Numa análise primária, feita ao longo do dia, tudo aponta que iniciou-se num desabamento da estrutura da piscina, que entrou em colapso", ressaltou.

De acordo com o coordenador, a equipe de vistoria técnica da Defesa Civil esteve no edifício, no dia 1º de junho deste ano. O objetivo foi verificar as condições de salubridade, estabilidade e segurança das esquadrias da área externa do prédio, fundos com a rua Taciano Abaurre. Segundo a Defesa Civil, foi orientado ao condomínio que acionasse a construtora responsável pela edificação para uma avaliação minuciosa e reparos.

"A Defesa Civil foi acionada pelo condomínio para realizar uma vistoria, independente dessa área que veio a colapso. Foi uma vistoria das esquadrias de uma porta na parte externa do condomínio. Tanto que a área que foi vistoriada permaneceu intacta, não teve relação com o desastre de hoje", salientou.

Segundo Jonathan Jantorno Rocha, a princípio não há risco de desabamento nas três torres do condomínio e nas edificações vizinhas. "Estamos no local desde às 3h30 e, a partir das 8 horas, chegou ao local uma equipe de engenheiros do Crea, Defesa Civil e Copev. Foi feita uma análise primária, que constatou que não há risco iminente do desabamento das edificações. Tanto que foi liberado para os moradores subirem, de dois em dois, para retirar seus pertences, o que aconteceu durante a tarde".

Após a permissão para que os moradores pudessem retirar seus pertences, as três torres do edifício voltaram a ser interditadas. Ao todo, 166 apartamentos foram evacuados e a área do condomínio foi isolada. No entanto, os moradores poderão retornar ao imóvel durante a manhã desta quarta-feira (20).

"Amanhã [quarta-feira] pela manhã está prevista uma nova ação, onde o Corpo de Bombeiros, junto com a Defesa Civil, vai autorizar os moradores a retirar os outros pertences. Depois disso, por volta das 12 horas, a área vai ser totalmente isolada e passada para responsabilidade da construtora. A partir daí, o condomínio e construtora, como proprietários do bem particular, vão tomar suas ações", explicou.

O coordenador municipal da Defesa Civil de Vitória disse ainda que o órgão teve contato com um representante da construtora, que afirmou que a empresa vai iniciar, também nesta quinta-feira, um trabalho de investigação e perícia no local do desabamento.

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