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Forças Armadas do Líbano rejeitam alegações de abuso contra refugiados sírios

Redação Folha Vitória

Beirute - As Forças Armadas do Líbano rejeitaram neste sábado alegações de abuso contra centenas de sírios detidos em uma varredura de segurança em um assentamento de refugiados, dizendo que as detenções em massa são necessárias para combater o terrorismo. Oficial militar libanês, que falou sob condição de anonimato, disse que a detenção de 355 sírios "não é uma agressão dirigida contra ninguém" e que nem todos os detidos seriam acusados de terrorismo.

Cinco homens-bomba se explodiram na sexta-feira durante incursões militares em dois assentamentos de refugiados em Arsal, perto da fronteira com a Síria. Um deles detonou explosivos junto a uma família de refugiados sírios, matando uma menina. Outro feriu três soldados, deixando dois deles em estado grave, segundo o oficial. Durante a incursão, agressores também atiraram explosivos contra os militares do Líbano. A varredura de segurança subsequente gerou acusações de abuso, particularmente depois de terem sido divulgadas fotos dos detidos no chão, com as mãos atadas, e soldados libaneses de pé sobre eles.

O oficial disse que as incursões nos dois assentamentos em Arsal ocorreram após denúncias sobre explosivos e uma trama para realizar ataques no Líbano. A oposição síria no exílio, a Coalizão Síria, disse em comunicado neste sábado que a incursão militar também resultou na morte de refugiados, mas não deu detalhes. A coalizão disse que as autoridades libanesas são responsáveis pela segurança dos refugiados sírios, que estão exigindo proteção internacional no Líbano. "Os refugiados foram humilhados e tratados como reféns pelo exército libanês e as milícias do Hezbollah", disse a coalizão.

O oficial militar rejeitou acusações de abuso. "A reação deveria ser questionar como um campo de refugiados se transformou em um refúgio para terroristas", assinalou. Ele disse que nenhuma mulher ou criança foi detida e que ninguém foi privado de comida ou bebida. Ele afirmou ainda que os interrogatórios estão em andamento e que aqueles que não estão conectados aos ataques serão liberados. Fonte: Associated Press.

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