Geral

Amiga faz rifa para trazer corpo de capixaba morta em Portugal para o Espírito Santo

O corpo permanece em Portugal e a família não tem condições de fazê-lo

Ninguém sabia da viagem feita pela capixaba / Foto: Reprodução

Uma rifa com perfume importado e outros itens foi a alternativa que Naiara de Araujo encontrou para ajudar a família da capixaba Deyse de Souza Ricarte, encontrada morta dentro de um quarto em Lisboa. O corpo permanece em Portugal e a família não tem condições de fazê-lo e pediram ajuda a Naiara.

“Eu fiz uma entrevista com os responsáveis em Lisboa, com o presidente da Associação Brasileira e estava presente o juiz criminal. Ele deixou bem claro que eles não arcam com essa despesa, a não ser se fosse caso de enfermidade. Se ela estivesse internada em um hospital e morrido por enfermidade. Ele deu a opção de eu ir para lá fazer o enterro lá ou fazer a cremação, mandar as cinzas, pois sairia mais em conta”, disse a amiga.

Presenciando o sofrimento da família de Deyse, Naiara não vê que essa seja a melhor opção. “A mãe dela está tentando se matar, não consegue acreditar que a filha dela morreu, então ela precisa ver que isso é verdade. Então eu resolvi fazer uma rifa para tentar juntar esse dinheiro”, contou Naiara.

A venda da rifa está sendo realizada no Facebook, na página da Naiara. Desde o início ela já arrecadou R$ 6 mil, mas ainda precisa de muito mais. “Custa de R$ 20 mil a R$ 25 mil, só que o corpo vai só até BH [Belo Horizonte, em Minas Gerais] que é até onde tem aeroporto internacional. De BH até Vitória a gente tem que pagar um carro para levar, então vamos colocar R$ 30 mil, pois o carro não cobraria barato para levar o corpo”, explicou.

A suspeita é que Deyse tenha ingerido cápsulas de cocaína e uma acabou se rompendo dentro do estômago da jovem. Segundo a amiga, ninguém sabia sobre viagem. “Ninguém sabia que ela tinha ido. Eu só fiquei sabendo na terça-feira quando chegou a notícia para mim que ela tinha falecido”, relatou a amiga.

Naiara acredita que a amiga tenha tomado essa atitude para realizar o sonho de fazer uma intervenção estética no corpo. “No meu ponto de vista, ela sempre falava que ela tinha o sonho de fazer uma cirurgia plástica. Ela trabalhava e não conseguia o dinheiro. Essa pessoa [que deve ter levado ela para Portugal] deve ter conversado com ela, ficou sabendo qual era o sonho dela e conseguiu entrar na cabeça dela, porque a minha amiga nem de droga ela gostava, ela detestava. Quando eu fiquei sabendo disso, eu não consegui acreditar que era verdade”, destacou Naiara.

Além da Rifa, a família também está aceitando doações. O Itamaraty informou que está em contato com a família, prestando a assistência necessária para a produção de documentos e repatriação do corpo. O órgão destaca que o caso é objeto de investigação da polícia de portugal e que a liberação do corpo depende das autoridades portuguesas.

Conta para doação:

BANCO BRADESCO - SAMUEL DA SILVA PINTO
AG 0432 / CC 21519-8

Pontos moeda