Ciclista é atropelada por policial de folga sem CNH na Praia de Camburi
A vítima disse que é normal motoristas darem passagem para pedestres no horário da madrugada mesmo com o sinal verde para os carros
Uma ciclista foi atropelada por um policial de folga que estava com a carteira de habilitação suspensa. O acidente aconteceu no último sábado (28), na Praia de Camburi, em Vitória.
A vítima identificada como Carolina Pimentel Motta Malheiros, de 19 anos, já está em casa e disse que está recebendo auxílio do PM. "Teve um carro que me deu preferência e eu não vi que tinha outro vindo em alta velocidade. Quando olhei antes não tinha visto esse carro e quando todos pararam fiquei sem visão, e achei que o motorista fosse parar", contou.
O motorista do carro que provocou o acidente é um Policial Militar (PM). O PM estava com a carteira de habilitação suspensa, de acordo com a ocorrência registrada no Centro Integrado Operacional de Defesa Social (CIODES).
Segundo Carolina, o militar fez contato com ela e a família, e está prestando apoio financeiro, como gastos em medicamentos e tratamento. "Se prestou a pagar os medicamentos e o conserto da bicicleta. E se dispôs a ajudar em qualquer outra coisa".
Carolina passava de bicicleta por uma rua com o objetivo de chegar do outro lado e alcançar a ciclovia, na orla da praia. Ela parou no meio do caminho porque o semáforo estava aberto para veículos no sentido Camburi. Apesar do sinal verde, dois carros pararam para que ela pudesse atravessar, um terceiro carro não parou, já que o sinal estava verde para os carros.
Carolina faz o trajeto de Camburi até a casa dela em Tabuazeiro, também em Vitória, de bicicleta desde quando começou a trabalhar em um restaurante há pouco mais de um mês. Ela disse que é normal motoristas darem passagem para pedestres no horário da madrugada mesmo com o sinal verde para os carros.
De acordo com a ocorrência da polícia, o PM se recusou a fazer o teste do bafômetro. Segundo a Polícia Militar (PM) as consequências administrativas relacionadas para esse policial são as mesmas a quem se recusa a soprar o bafômetro conforme consta na resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).