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Motorista de ônibus tem 60% do corpo queimado após ataque em MG

Redação Folha Vitória

Um motorista de ônibus teve 60% do corpo queimado durante um incêndio provocado por criminosos no coletivo que conduzia por volta das 23 horas de domingo, 22, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O Estado tem sido alvo de série de incêndios a ônibus desde o mês passado. Ordem teria partido do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo informações da Polícia Militar, o motorista está internado no Hospital de Pronto Socorro João XXIII e seu estado de saúde é estável.

O ônibus fazia a linha 7150, que liga o bairro Novo Riacho, em Contagem, a Belo Horizonte, e se aproximava, sem passageiros, do ponto final na cidade vizinha à capital quando foi obrigado a parar. A PM não tem o número exato de homens que abordaram o motorista.

Os criminosos não deram tempo para que quem estivesse dentro do veículo descesse do ônibus. Um veículo Palio de cor escura foi usado na fuga. A polícia iniciou buscas, mas ninguém havia sido preso até a manhã deste segunda-feira, 23.

Presídios

Na sexta-feira, 20, outro ônibus já havia sido queimado no Anel Rodoviário, em Belo Horizonte, por três homens armados, que entraram no veículo na altura do Viaduto São Francisco e anunciaram que o coletivo seria queimado por causa de maus tratos a detentos de presídios do Estado.

Motorista e passageiros desceram e os homens atearam fogo ao ônibus. No incêndio deste domingo, não houve anúncio pelos criminosos do suposto motivo para queima do veículo.

PCC

Em junho, cerca de 300 viagens foram suspensas durante a madrugada em Belo Horizonte após a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal receberem ameaças de ataques a ônibus.

Conforme revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", a série de ataques iniciada no começo de junho foi ordenada pelo PCC.

Após a interrupção das linhas, o prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil (PHS), e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), se reuniram para discutir estratégias contra os atos de vandalismo. À época, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra) sinalizou que pediria a suspensão das viagens em casos de novos incêndios.