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Motoristas de carros são as maiores vítimas de acidente de trânsito

Os dados são do Ministério da Saúde com os dados dos Sistemas de Informação de Agravo e Notificações (SINAN) e do de Mortalidade (SIM) que apontou 364 mortes no Espírito Santo

Na última sexta-feira (27), o Ministério da Saúde divulgou estudo sobre situação grave nas principais estradas brasileiras: os motoristas de carros do Espírito Santo são os que mais morrem por acidentes de trânsito relacionados ao trabalho no estado. Os dados são de um levantamento do Ministério da Saúde com os dados dos Sistemas de Informação de Agravo e Notificações (SINAN) e do de Mortalidade (SIM) que apontou 113 óbitos dos trabalhadores em quatro rodas, entre os anos de 2007 e 2016 e o Espírito Santo registrou 364 mortes no mesmo período.

No Brasil, o estudo mostrou que, oito em cada 10 acidentes de trânsito relacionados ao trabalho foram sofridos por homens. Os jovens com idades entre 18 e 29 anos foram as maiores vítimas (40,1%) e quase metade desses acidentes ocorreram nos estados da região Sudeste (47,5%). Quando falamos em lesões, o Sinan registrou que 22,5% delas foram ocorridas em membros inferiores e 15,7% nos superiores. Desses acidentes, 63% evoluíram para incapacidade temporária.

Em toda a região Sudeste, foram registradas 5.562 mortes, sendo 1.208 de motoristas de carros e 957 de caminhoneiros - as maiores vítimas. Quando falamos em acidentes, a região Sudeste foi a com maior número de registros. Foram 60.501 acidentes entre os anos de 2007 e 2016, tendo o seu pico nos de 2015 (7.468) e 2016 (7.880). Em 2017, a região teve redução de 45,3% nas notificações, com 4.303 registros quando também comprado ao ano anterior.

Vale lembrar que Importantes avanços para a prevenção de acidentes de trânsito estão sendo obtidos no país, como a implementação da Política Nacional sobre o álcool, por meio do Decreto nº 6.117/2007, que contempla, entre suas diretrizes, o tema “associação álcool e trânsito”, e da alteração do Código de Trânsito Brasileiro, por meio da Lei nº 11.705 (“Lei Seca”), instituída em 2008.

Além da criação dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), que têm como objetivo realizar apoio para o desenvolvimento das ações de saúde do trabalhador em todos os níveis de atenção, bem como executar ações de fiscalização, investigação e análise de causalidade entre o trabalho e o adoecimento. No Brasil, atualmente existem 214 centros habilitados, sendo 27 estaduais e 187 regionais.

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