Morte irmãos carbonizados

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Resultado de teste de gravidez de Juliana Sales é negativo

As informações foram confirmadas pela defesa da mãe dos irmãos Joaquim e Kauã, mortos em Linhares, em abril deste ano

O resultado do teste de gravidez, realizado por Juliana Sales nesta sexta-feira (13), foi negativo. As informações foram confirmadas pela defesa da mãe dos irmãos Joaquim e Kauã, mortos em Linhares, em abril deste ano.

De acordo com uma advogada integrante do grupo responsável pela defesa, Juliana havia apresentado, nos últimos dias, sintomas de gravidez. Segundo Milena Freire, a defesa de Juliana chegou solicitar à direção do presídio, que a realização do exame fosse agilizada, por conta da possível transferência de Juliana para o Espírito Santo, mas não teve a solicitação atendida.

A defesa formalizou o pedido para que ela não seja transferida para o Espírito Santo. Juliana está no presídio de Teófilo Otoni desde o dia 20 de junho. A decisão judicial que determinou a prisão preventiva de Juliana revelou que a mãe tinha conhecimento dos abusos sexuais sofridos pelos filhos. 

Prisão

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) negou o pedido de revogação de prisão preventiva de Juliana Sales. Como o processo que apura a morte das crianças está em segredo de Justiça, não há detalhes da decisão do juiz.

Juliana Sales foi presa no dia 20 de junho, na casa de um amigo da família, em Teófilo Otoni, Minas Gerais. Ela permanece em um presídio da cidade. Segundo a decisão da Justiça, Juliana sabia dos “supostos abusos sexuais” sofridos pelos filhos e ela, em parceria com o marido, Georgeval Alves, tinha planos de usar a morte das crianças como forma de ganhar notoriedade e ascensão religiosa.

A defesa de Juliana informou que, com o indeferimento do pedido de revogação da prisão, vai entrar com o pedido de habeas corpus. Disse ainda que, caso a suspeita de gravidez de Juliana se confirme, o pedido de liberdade de Juliana será reiterado.

Habeas Corpus de Georgeval

No início do mês, a Justiça do Estado também indeferiu o habeas corpus impetrado pela defesa de Georgeval Alves. De acordo com informações apuradas pelo jornal online Folha Vitória, o magistrado justificou a decisão como 'perda do objeto', devido a prisão temporária dele ter sido convertida em prisão preventiva.

De acordo com a defesa de Georgeval, na próxima semana será impetrado um novo pedido de habeas corpus.

O crime

O pai de Joaquim e padrasto de Kauã, Georgeval Alves, é suspeito de molestar, agredir e atear fogo nos meninos, que morreram carbonizados. Ele é marido de Juliana e foi preso dias depois do incêndio.

A morte dos irmãos aconteceu em Linhares, Norte do Espírito Santo, na madrugada do dia 21 de abril. Na ocasião, a mãe das crianças estava em viagem para um congresso religioso em outra cidade. Na casa, os meninos estavam sob os cuidados de Georgeval.

Após o incêndio, os corpos carbonizados dos irmãos foram encaminhados para o Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, onde foi necessária a realização de exames de DNA para identificação.

Na segunda-feira seguinte ao incêndio, o pastor George e a esposa, Juliana Salles, mãe das crianças, estiveram no DML para o recolhimento de material para realizar os exames de DNA. Na ocasião, George relatou para a imprensa o que teria acontecido na noite do incêndio.

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