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Vale vai à CPI para esclarecer desabastecimento de água em BH

A capital mineira é abastecida graças à captação de água em dois sistemas: Rio das Velhas e Rio Paraopeba

Foto: Divulgação

Representantes da Vale são esperados na manhã desta terça-feira (30) na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara Municipal de Belo Horizonte para prestarem esclarecimentos sobre os impactos do rompimento da barragem de Brumadinho no abastecimento de água da Grande BH.

A capital mineira é abastecida graças à captação de água em dois sistemas: Rio das Velhas e Rio Paraopeba. Esse segundo foi interrompido após o colapso da barragem, que contaminou o leito do rio com a lama de rejeitos de minério.

De acordo com a CPI, caso não haja qualquer intervenção, a capacidade normal de abastecimento de água na região estará assegurada apenas até março do ano que vem. Em acordo na Justiça, a Vale se comprometeu a entregar em setembro de 2020 as obras de uma nova estação de captação de água no Rio Paraopeba.

A comissão também chama a atenção para o fato de que parte das 35 barragens localizadas na região da bacia do Rio das Velhas não tem estabilidade garantida e já foram classificadas em algum nível de emergência (que vai do 1 ao 3).

Isso significa que, se alguma dessas estruturas vier a se romper, como ocorreu com a barragem da mina do Córrego do Feijão, o abastecimento de água impactará diretamente uma população de 6 milhões de pessoas, que vivem nos 34 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A CPI deve encerrar seus trabalhos no mês de agosto, com a entrega e votação de um relatório final. Até lá, o relator da CPI de Brumadinho no Senado, Carlos Viana (PHS) deve ser ouvido. Ele sugeriu o indiciamento de 14 pessoas, entre executivos e funcionários da Vale e da empresa alemã Tüv Süd.  

Com informações do Portal R7. 

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