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Estudantes aprovados no exterior pedem vacina contra covid-19 ao Governo do ES

Um grupo de 20 estudantes do Espírito Santo precisa ser imunizado contra a covid-19 para ingressar em países como a França, por exemplo

Nadine Silva Alves

Redação Folha Vitória
Foto: Green Chameleon / Unplash

Um grupo de 20 estudantes do Espírito Santo, aprovados em universidades do exterior, tem enfrentado dificuldades para colocar em prática o sonho de estudar fora do país. 

Eles precisam ser imunizados contra a covid-19 para ingressar em países como a França, por exemplo. 

Diante da situação, eles encaminharam, na quinta-feira (15), ao Governo do Estado e Secretária de Estado da Saúde (Sesa), um ofício pedindo que sejam vacinados a tempo para não perderem as bolsas de estudos.

No documento, eles explicam que as vacinas aceitas na França são: Janssen, Pfizer, Moderna e Astrazeneca. E, como as datas do início das aulas são em setembro, eles precisam estar no país europeu até meados de agosto, considerando o período obrigatório de isolamento de 7 a 10 dias.

Além disso, visto o curto intervalo de tempo até o início da mobilidade internacional, pedem a aplicação da vacina Janssen (dose única) ou a aplicação da vacina Pfizer (segunda dose aplicável após 21 dias) em tempo hábil.

"Sonho de uma vida"

Foto: Acervo pessoal

A estudante Lara Tassinari Nogueira Campos, 22 anos, assinou o ofício e foi aprovada para a École Nationale Supérieure des Mines de Saint-Étienne, na França. As aulas começam no dia 1º de setembro e Lara não foi vacinada. 

Ela também tem a bolsa Capes, e aguarda a liberação da vacina para comprar a passagem. 

"Esta seria a primeira vez que eu estudaria fora do país. Estudar fora para mim significa uma evolução e um aperfeiçoamento solene para minha carreira como engenheira ambiental", destacou.

Além disso, ela adiantou que busca aprender na experiência contribuir para as tecnologias no Brasil. 

"A partir do estudo em uma universidade renomada na França, posso evoluir nos conhecimentos em relação à área do meio ambiente, das novas tecnologias aplicadas, do saneamento, entre outras, podendo então aplicar essa aprendizagem no Brasil, em busca de desenvolver essas questões que hoje apresentam dificuldades", concluiu.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Guilherme Fontes Tavares da Silva, 22, é aluno finalista de engenharia mecânica na Unicamp, em São Paulo, mas como a família é do Espírito Santo e as aulas estão em sistema EAD, ele voltou para o estado para finalizar o curso. 

Segundo ele, foi aprovado na Universidade École Centrale de Nantes, também na França. Considerada uma das melhores do mundo na área. Semelhante a Lara, não tomou nenhuma dose da vacina contra covid-19. 

"Busco o meu duplo diploma, para ter formação nacional e internacional. É uma experiência, até pelo longo prazo, cultural e acadêmica, ao mesmo tempo que posso ter contato com outras tecnologias, conhecer outra cultura. Se eu perder essa chance, não consigo mais concorrer", concluiu. 

O que diz a Sesa

Dos 20 alunos, apenas três foram vacinados no Espírito Santo com a primeira dose, os outros 17 aguardam o posicionamento do Governo estadual sobre o pedido. 

No ofício encaminhado eles deixam claro que entendem a situação atual do país face à pandemia, e que não estão em posição de pedir tal privilégio, porém contam com a compreensão da Sesa.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que recebeu o ofício e irá analisar a solicitação. 

Informou, ainda, que as doses da vacina contra a covid-19 são disponibilizadas pelo Ministério da Saúde para redução da morbimortalidade dos grupos prioritários contemplados no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. E reitera que, embora esta seja uma demanda que ocorre no cenário nacional, não há recomendação, por parte da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações, para vacinação de viajantes que não façam parte dos grupos prioritários descritos no Plano

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