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Pesquisa aponta o que o capixaba mais quer no pós-pandemia

Pesquisa Rede Vitória/Futura Inteligência indica que viagens são o maior desejo de 22,4% dos entrevistados quando a rotina voltar ao "normal"

Marcelo Pereira

Redação Folha Vitória
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Ver novas paisagens, ter novas experiências, ir além dos limites da própria cidade onde vive. É o que deseja a maioria dos entrevistados da pesquisa Rede Vitória/Futura Inteligência sobre o que querem os capixabas com o fim da pandemia.

A conclusão é que 22,4% deles farão as malas assim que for decretado, enfim, que o mundo está "livre" do coronavírus. É como se 20 em cada 100 capixabas estivessem ansiosos para por os pés na estrada ou procurar logo o aeroporto ou a rodoviária. 

A pergunta aceitava apenas uma opção de resposta e ela foi espontânea. Mais uma prova de que respirar novos ares é o grande anseio da população, que já demonstra cansaço após um ano de isolamento social e distanciamento.

Viajar fica à frente de "Voltar a ter uma vida normal", que está com 12,1%. 

Outros desejos espontâneos são o "Poder abraçar meus amigos" com 7,4%. Deixar de usar máscaras é o que anseia 7% dos entrevistados na pesquisa.


Foto: Pesquisa Futura/reprodução

Desejo de voltar à vida antes da pandemia, diz Instituto Futura

"O desejo de viajar, em nossa análise, é uma resposta ao que foi imposto pelas restrições sanitárias por causa da pandemia. As pessoas tiveram que se isolar, ficar em casa. Houve um adiamento de planos e entre eles estavam os de viagem", ressalta a coordenadora da pesquisa, Simone Cardoso.

Ela explica que os entrevistados não perderam o foco da vida antes da chegada do coronavírus e que as viagens são um dos símbolos do que foi perdido com o maior contágio da doença. Isso se reforça na segunda opção, a de voltar a ter uma vida normal.

"Viajar entra no mesmo patamar daquela ideia de ter uma vida normal. Sendo que vida normal aqui é entendido como não ter mais medo, de estar preocupado por haver risco em adquirir uma doença fazendo atos comuns, de poder ir e vir com liberdade, de não precisar ter receio de ir a uma festa, a se aglomerar com outras pessoas, enfim, retomar aquilo que se tinha em 2019, ano pré-pandemia", sintetiza.

Desejo de parar de usar máscaras preocupa

A pesquisa apontou que 7% responderam que o primeiro desejo pós-pandemia seria o de parar de usar máscaras. O índice causa preocupação, de acordo com Simone, mesmo que seja pequeno.

"Não significa que quem respondeu à pesquisa não use máscaras. Mas como está num patamar baixo da lista de desejos pode indicar que o uso de máscaras esteja se flexibilizando entre a população. As pessoas podem estar associando que, com o avanço da vacinação, usar o acessório não será mais necessário", alerta Simone. 

Ela lembra que médicos e especialistas já adiantaram que as máscaras deverão ser usadas ainda por um bom tempo e mesmo com as pessoas sendo completamente imunizadas. 

"Alguns devem achar que por receberem a segunda dose, após 14 dias, já não necessitam usar a máscara. O que não é o correto", aponta.

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O levantamento foi realizado entre os dias 14 e 17 de junho. Durante esse período, 400 pessoas com 16 anos ou mais foram entrevistadas, por meio de contato telefônico. Todas elas são moradoras do Espírito Santo.

A margem de erro da pesquisa é de 4,9 pontos percentuais, para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%.

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