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Secretaria da Saúde estuda aplicar terceira dose de vacina contra a covid no ES

A Anvisa autorizou a realização de estudo clínico para avaliar a segurança, a eficácia e a imunogenicidade da aplicação de terceira dose da vacina contra covid-19 da Astrazeneca

Nadine Silva Alves

Redação Folha Vitória
Foto: Fernanda Nevez/Secom-PMS

A secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Espírito Santo estuda aplicar dose de vacina reforço contra a covid-19 na população capixaba. A informação foi confirmada pelo secretário Nésio Fernandes em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (19).

"O Espírito Santo insiste na possibilidade de adquirir vacinas para o calendário atual, mas aguardamos as respostas de alguns fabricantes para confirmar a antecipação do nosso calendário", adiantou Nésio Fernandes. 

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Ainda segundo o secretário, em 2022 o Governo Federal deve apresentar um calendário no Plano Nacional de Imunização (PNI) para o reforço das diversas vacinas disponíveis. Atualmente, no Brasil são aplicadas Astrazeneca, Pfizer e Coronavac, todas em duas doses. Já o imunizante da Janssen é aplicado apenas uma dose.

No entanto, o secretário destacou que a possibilidade de uma terceira dose depende das definições do Ministério da Saúde.

"Temos ainda a possibilidade de ter a Butanvac e outras vacinas que podem ser incorporadas na autonomia e na produção em solo nacional. No qual o país inteiro deve viver nos próximos anos um novo calendário contra a covid-19", reforçou o secretário.

Assista aqui a coletiva:

Anvisa autoriza estudos de 3ª dose da Astrazeneca

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira (19), a realização de estudo clínico para avaliar a segurança, a eficácia e a imunogenicidade (capacidade de um antígeno provocar uma resposta imune) da aplicação de terceira dose da vacina contra covid-19 da Astrazeneca.

Segundo a Anvisa, o estudo inicial será feito em participantes que já receberam as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações. A dose de reforço será aplicada de 11 a 13 meses após a segunda dose.

A Anvisa explica que trata-se de um estudo de fase três, em que o voluntário não saberá o que tomou: se uma dose da vacina ou de placebo.

Voluntários

“Serão incluídos voluntários com idade entre 18 e 55 anos, que estejam altamente expostos à infecção com o novo coronavírus, como profissionais de saúde. Não serão incluídas gestantes ou pessoas com comorbidades”, explicou a Anvisa, em nota.

Segundo informou a Agência, o estudo, patrocinado pela Astrazeneca, será realizado somente no Brasil, nos estados da Bahia (1,5 mil voluntários), Rio de Janeiro (1,5 mil), Rio Grande do Sul (3 mil), Rio Grande do Norte (1,5 mil) e São Paulo (2,5 mil).

Após a quebra do “cegamento da pesquisa”, quando os voluntários ficam sabendo se receberam a vacina ou o placebo, todos os participantes do grupo placebo serão convidados a tomar a dose de reforço.

Remédio também fará parte do estudo 

Nesta segunda-feira, também foi autorizada a realização de um estudo clínico para avaliar a segurança e a eficácia do medicamento proxalutamida na redução da infecção viral causada pelo novo coronavírus e no processo inflamatório provocado pela covid-19.

O estudo é de fase três e avaliará a eficácia e a segurança da substância em participantes ambulatoriais do sexo masculino com covid-19 de leve a moderada.

O estudo é patrocinado pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China, e será realizado na Alemanha, Argentina, África do Sul, Ucrânia, México, Estados Unidos e Brasil, onde participarão 12 voluntários do estado de Roraima e 38, de São Paulo.


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