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Segunda dose da Pfizer pode ser antecipada no Espírito Santo se tiver disponibilidade de vacinas

Decisão final para a antecipação da Pfizer depende da disponibilidade de vacinas e de uma pactuação nacional

Foto: Reprodução Fernando Frazão/Agência Brasil

Assim como aconteceu com a Astrazeneca, a segunda dose da Pfizer também pode ser adiantada no Espírito Santo. Tudo vai depender da disponibilidade de vacinas. A antecipação já aconteceu no Estado com a Astrazeneca, que desde o mês passado, pode ser tomada em um intervalo de dez semanas, ou seja, 70 dias.

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Agora, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) defende uma nova antecipação no caso da Astrazeneca para oito semanas. No entanto, esclareceu que a decisão final para mais esta mudança, e para a antecipação também da Pfizer, depende da disponibilidade de vacinas e de uma pactuação nacional.

"O governo do Espírito Santo entende que para poder antecipar a d2 (segunda dose) de qualquer dos imunizantes devem se reunir as condições que nós adotamos para poder decidir a antecipação da d2 da Astrazeneca", disse o secretário estadual de Saúde Nésio Fernandes durante pronunciamento nesta segunda-feira (12). 

Além disso, Nésio pontuou os motivos da antecipação da Astrazeneca". 

"Nós decidimos a antecipação da Astrazeneca por três motivos. O primeiro porque a decisão foi tomada baseada no prazo do limite em bula e no prazo adotado pelo PNI. Ou seja, nós não prejudicamos nenhum tipo de evidência. O segundo componente importante é que está provado que esta antecipação antecipa o benefício da completude do esquema na população que já foi vacinada com a primeira dose. O terceiro ponto e principal, que determina a possibilidade de fazer a antecipação, é a ampla disponibilidade de doses. Não haveria sentido termos doses de d2 armazenadas em Brasília, na Fiocruz aguardando o prazo de 12 semanas para serem distribuídas aos municípios."

Para que isso ocorra com a Pfizer, é preciso reunir as mesmas condições. 

"Diante da ampla disponibilidade de doses de d2 que não estão disponíveis para aplicação como d1 Nós entendemos que os governos federal e estaduais devem prosseguir com a antecipação da aplicação da d2 em qualquer cenário. No momento que isso ocorrer também com a vacina da Pfizer o governo federal e o governo estadual devem adotar a antecipação como uma estratégia correta para garantir a amplitude do sistema vacinal". 

De acordo com o secretário, para frear as novas variantes do coronavírus, é importante que as pessoas tenham sido vacinadas. 

"Queremos impedir que por questões de prazo de operacionalização da vacinação, vacinas fiquem estocadas enquanto a população já poderia estar sendo beneficiada com a cobertura de qualquer um dos imunizantes que tenham um prazo superior a 12 semanas e que possam ter a antecipação dos mesmos. Inclusive para frear as novas variantes precisamos ter a vacinação com a d1".

O Ministério da Saúde informou que acompanha a evolução das diferentes variantes no território nacional e que está atento à possibilidade de alterações no intervalo recomendado entre as doses, e informou que isso foi discutido recentemente. O parecer foi pela manutenção dos intervalos. 

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O Estado já possuiu 60% das pessoas em idade adulta vacinadas, o que reflete na queda dos casos de internação e óbitos. 

"No Espírito Santo, 98% dos óbitos ocorreram em pessoas com mais de 30 anos. Na medida que a gente alcança uma ampla vacinação na população que mais evoluiu a óbito e mais e evoluiu para internações hospitalares passa a ter um resultado de efetividade das vacinas, que respondem principalmente pela cobertura da d1". 

Nesta segunda-feira (12) foi publicada uma resolução com os novos grupos prioritários a serem vacinados no Espírito Santo. Serão trabalhadores de limpeza urbana junto com as forças armadas. Trabalhadores do transporte aquaviário, da indústria e a população privada de liberdade. Caminhoneiros, lactantes e adolescentes com comorbidades de 12 a 17 anos, e trabalhadores da Ceasa, Idaf e da imprensa. 

"A vacinação dos adolescentes com comorbidades ou deficiência no Estado poderá permitir um retorno mais seguro das atividades presenciais no Espírito Santo. Após a quantidade gigantesca de mortes, ter fechado as escolas foi a segunda maior violência sofrida pela nossa sociedade. 

Um desses grupos prioritários a ser vacinado nesta segunda foram os mais de 6 mil trabalhadores da limpeza urbana. 

"Nós estamos conseguindo dentro da realidade brasileira. O Brasil atrasou muito começar de forma mais robusta a vacinação, mas nesses últimos 15 dias estamos conseguindo receber um maior número de vacinas, estaremos alcançando com a primeira dose todos acima de 18 anos em setembro, outubro. Terminar o ano de uma forma muito melhor do que começamos", disse  governador Renato Casagrande.

Veja o pronunciamento da Sesa:

Com informações do repórter Álvaro Zanotti, da TV Vitória/RecordTV

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