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Ebola: Canadá vai doar à OMS até mil doses de vacina experimental

A ministra da Saúde do Canadá disse em comunicado, estar satisfeita por oferecer a vacina experimental desenvolvida por pesquisadores canadenses para ajudar na luta contra a epidemia

Centro de tratamento contra o ebola de Guiné-Conacri, Hospital de Donka Foto: Agência Brasil

O Canadá anunciou na última terça-feira (12) que vai doar à Organização Mundial da Saúde (OMS) até 1.000 doses de um medicamento experimental contra o ebola para a sua utilização nos países africanos mais afetados pela doença.

A ministra da Saúde do Canadá, Rona Ambrose, disse, em comunicado, estar satisfeita por oferecer a vacina experimental desenvolvida por pesquisadores canadenses para ajudar na luta contra a epidemia. Ela informou que o país vai doar entre 800 e 1.000 doses do medicamento, das cerca de 1.500 que detém.

Segunda a ministra, a vacina, conhecida como VSV-Ebov, nunca foi testada em seres humanos, apenas em animais, e os resultados foram animadores.

"O Canadá acredita que a vacina experimental é um recurso global, por isso estamos partilhando com a comunidade internacional, uma vez que temos pequena quantidade no país", disse Rona.

Espírito Santo

A Secretaria de Saúde do Estado vai emitir um alerta aos hospitais e portos do Espírito Santo para que haja uma atenção especial às pessoas que apresentem sintomas que possam significar uma infecção pelo vírus Ebola

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o número de mortos por ebola subiu para 931. De acordo com a entidade, 108 casos foram confirmados entre os dias 2 e 4 de agosto, com 45 mortes. Funcionários da área de saúde lutam para conter a disseminação do vírus.

Esperança

Diante de um cenário considerado como de "alto risco", a esperança é o tratamento que está sendo dado a dois americanos infectados pelo vírus do Ebola. Ele receberam remédios experimentais que nem haviam sido aprovados para a aplicação em humanos. Mas os resultados são "positivos".

O Ebola não tem cura e mata entre 50% e 70% dos infectados. Mas um produto desenvolvido com base na planta de tabaco poderia ser a solução. A empresa Mapp Biopharmaceutical Inc. de um pequeno laboratório em San Diego com nove funcionários, havia testado o remédio ZMapp apenas em macacos.
Mas, em uma tentativa de salvar dois americanos, o uso do produto foi autorizado. Não existe uma comprovação ainda de que seja o tratamento que tenha salvado os dois americanos. Mas a esperança é de que o remédio possa pelo menos retardar o avanço do vírus que, em alguns casos, pode matar em questão de horas.

O caso, porém, tem levantado um debate sobre a ética de se utilizar um remédio sem aprovação das agências de regulação. Entre a comunidade científica, muitos ainda questionam também se não seria o caso de usar justamente em populações na África, as mais afetadas pela doença. Uma vacina começará a ser testada em setembro. Mas só estaria à disposição no mercado no fim de 2015.

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