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Desafio da Momo alerta pais e educadores no Espírito Santo

A orientação da Secretaria de Segurança Pública é que sejam realizadas denúncias, caso alguém suspeite de algum golpe

Foto: Reprodução

Mais um desafio perigoso da internet está dando o que falar. Dessa vez, trata-se do Desafio do Momo, na qual uma imagem feminina de longos cabelos pretos e olhos grandes circula via Whatsapp. A "brincadeira" já fez diversas vítimas ao redor do mundo e tem causado preocupação entre pais, responsáveis e até educadores.

A boneca Momo é apontada em correntes de internet como um espírito que envia mensagens de terror, especialmente por um número japonês de WhatsApp. As discussões sobre a boneca cresceram nas redes sociais e em canais de YouTube a partir de meados de julho. A partir deste fato, apareceram boatos de que criminosos estão criando perfis falsos da Momo para abordar crianças e adolescentes pela internet, a fim de extrair informações, extorquir e manipular.

No Espírito Santo, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (Sesp),  nenhum caso ligado a boneca foi registrado. No entanto, a Sesp alerta aos pais e responsáveis que denúncias deste tipo podem ser feitas na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos e também pelo Disque-Denúncia. Caso o denunciante opte pelo site, imagens e vídeos podem anexados. O sigilo é garantido.

Preocupados com a possibilidade da existência de casos no Estado, diversos municípios da Grande Vitória estão realizando trabalhos específicos para orientações aos adolescentes e crianças. Na Serra, por exemplo, a secretaria de Educação trabalha com o programa Educação em Valores Humanos, proporcionando diversas atividades de aproximação e orientação com os alunos. Uma das atividades é o “emocionômetro”, na qual o aluno tem a oportunidade de falar sobre seus sentimentos e se algo o entristece ou aflige, por exemplo.

Já em Cariacica, a prefeitura informou que equipes da secretaria de Educação (Seme) já estão trabalhando para que nos próximos dias sejam divulgadas as orientações necessárias. Além disso, a Seme se coloca à disposição dos professores, pedagogos e gestores escolares para tirar dúvidas. 

Na cidade de Vila Velha, de acordo com a prefeitura, os alunos da rede municipal de ensino participam constantemente promove palestras de conscientização, em parceria com a Polícia Civil. As palestras intituladas “Internet segura para adolescentes”, são ministradas por um especialista em crimes virtuais.

Diversas escolas particulares da Grande Vitória também enviaram comunicados pedindo que os pais fiquem atentos e observem se os filhos podem estar se comunicando com estranhos por meio das redes sociais.

Caso suspeito no Brasil

No Brasil, o caso atribuído supostamente à boneca e que mais ganhou repercussão é o de Artur Luis Barros dos Santos. Ele tinha 9 anos e foi encontrado enforcado no quintal de casa, no dia 15 de agosto, em Recife. Segundo a advogada da família, Yêda Nascimento, embora ainda esteja em investigação, há poucos indícios de que a morte do menino tenha sido causada por um perfil ligado à boneca.

Especialista em crimes cibernéticos, a advogada acredita que o menino tenha morrido acidentalmente ao tentar cumprir um desafio de sufocamento divulgado pela internet, mas sem relação com a boneca. "Encontramos dados importantes que nos fazem crer", aponta. De acordo com ela, Artur era de uma família de classe média, fazia natação e badminton e não apresentava nenhum sinal de depressão. "Não tinha motivos para suicídio", afirma.

O que é Momo?

Como toda lenda urbana, a história do demônio Momo não é real. Sites explicam que a figura bizarra que está circulando de celular em celular por aí se trata de uma imagem que se popularizou na internet em 2016. Essa espécie de “mulher-pássaro” é uma escultura e pertence ao museu Vanilla Galleru, que fica no distrito de Ginza, em Tóquio, no Japão.

Como acontece o golpe?

Conforme especialistas, a história de Momo no WhatsApp começou com um suposto desafio nas redes sociais. Alguém acabou compartilhando o número de telefone +81435102539, dizendo que se tratava de um número amaldiçoado. 


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