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Papa é criticado após recomendar psiquiatria para crianças LGBT

'Quando isso se manifesta desde a infância, há muitas coisas para fazer por meio da psiquiatria', disse o papa Francisco; associações LGBT chamaram a declaração de 'grave e irresponsável'

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/ Instagram

O Estado de S.Paulo

Uma declaração do papa Francisco no retorno da visita à Irlanda, no domingo, 26, tem gerado críticas de associações ligadas aos movimentos LGBT. A jornalistas, o pontífice insinuou que pais e mães de crianças com "tendências homossexuais"deveriam submeter os filhos a tratamento psiquiátrico.

Na ocasião, em um voo para o Vaticano, o papa foi perguntado sobre o que diria a pais que percebem orientações homossexuais nos filhos. "Diria a eles, em primeiro lugar, que rezem, que não os condenem, que dialoguem, entendam, que deem espaço ao filho ou à filha", respondeu.

"Quando isso se manifesta desde a infância, há muitas coisas para fazer por meio da psiquiatria, para ver como são as coisas. Outra coisa é quando isso se manifesta depois dos 20 anos", acresceu o papa, que disse ainda: "Nunca direi que o silêncio é um remédio. Ignorar a seu filho ou sua filha com tendências homossexuais é um defeito de paternidade ou de maternidade."

Em resposta, associações francesas LGBT chamaram as declarações do pontífice de "irresponsáveis". "Condenamos estas declarações que fazem referência a uma ideia de que a homossexualidade é uma doença. Se há uma doença esta é a homofobia arraigaba na sociedade", criticou Clémence Zamora-Cruz, porta-voz da associação Inter LGBT.

O pontífice também foi criticado nas redes sociais. No Twitter, a associação francesa SOS Homofobia chamou as palavras do papa de "graves e irresponsáveis" e que "incitam o ódio contra as pessoas LGBT na nossa sociedade, já marcada por alto nível de homofobia". COM INFORMAÇÕES DA AFP!

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