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Polícia de Hong Kong entra em aeroporto, confronta manifestantes e faz prisões

A polícia antidistúrbio de Hong Kong entrou em confronto com manifestantes pela democracia no aeroporto local no fim da noite desta terça-feira (hora local). Policiais avançaram por um terminal em que manifestantes haviam paralisado operações durante dois dias seguidos.

Agentes com sprays de pimenta e cassetetes entraram em confronto com manifestantes, que usavam cartazes como uma barricada na entrada do terminal. A polícia levou várias pessoas detidas para uma van na entrada do terminal de chegadas do aeroporto.

Mais cedo, autoridades foram forçadas a cancelar todos os voos restantes, enquanto o líder pró-China da cidade advertiu que os manifestantes haviam levado os acontecimentos a um "ponto de não retorno". Após um breve período em que voos conseguiram pousar e decolar, a autoridade aeroportuária suspendeu serviços de check-in para os voos que partiriam a partir das 16h30. Partidas que já haviam concluído o processo iriam continuar a operar. As autoridades não esperavam que as chegadas fossem afetadas, embora dezenas delas tenham sido canceladas. Elas avisaram as pessoas para que não fossem ao aeroporto, um dos mais movimentados do mundo.

Na segunda-feira, mais de 200 voos foram cancelados. Os episódios no aeroporto são uma escalada na temporada de protestos contra o que muitos moradores de Hong Kong veem como uma crescente erosão das liberdades prometidas em 1997, quando o Partido Comunista da China assumiu o controle de Hong Kong, até então uma colônia britânica. O governo central da China tem qualificado o protesto atual como algo que se aproxima do "terrorismo" e que representa uma "ameaça à existência" dos cidadãos locais. Fonte: Associated Press.