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Caso Amanda Marques: testemunhas começam a ser ouvidas no Fórum de Vila Velha

A audiência de instrução, que vai decidir se o motorista que atropelou e matou a jovem vai ou não ser levado a júri popular, começou na tarde desta quinta-feira

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
Foto: Montagem / Folha Vitória

Começou nesta quinta-feira (19) a audiência de instrução que vai decidir se Wagner Nunes de Paulo, de 28 anos, vai ou não ser levado a júri popular. Ele dirigia o veículo que atropelou e matou a jovem Amanda Marques, de 20 anos, na noite do dia 17 de abril deste ano, na Rodovia Darly Santos, em Vila Velha.

A audiência é realizada no Fórum de Vila Velha, no bairro Boa Vista, e teve início por volta das 13 horas. O juiz vai analisar uma série de elementos, apresentados pela defesa e acusação, e, com base neles, decidir se Wagner deve ou não ser levado a julgamento.

A previsão é que sejam ouvidas testemunhas e também o companheiro de Amanda, Matheus Silva, que dirigia a moto atingida pelo veículo do réu. Ele ficou ferido e chegou a ser internado após a colisão.

Wagner também esteve no Fórum de Vila Velha. No entanto, ainda não se sabe se ele terá tempo para prestar depoimento ainda nesta quinta-feira. Ele foi preso logo após o acidente e, desde então, continua no presídio. 

Familiares e amigos de Amanda Marques também foram ao local e, antes do início da audiência, fizeram uma homenagem à jovem, na frente do fórum, e pediram justiça.

Para eles, o que vitimou a jovem não foi um simples acidente, mas um assassinato, já que, segundo a perícia da Polícia Civil, Wagner de Paulo dirigia o veículo a 135 km/h quando atingiu a moto onde estava Amanda. A velocidade máxima permitida na via é de 60 km/h.

Além disso, segundo as investigações da PCES e da denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público Estadual (MPES), o réu dirigia sob efeito de álcool. No dia do acidente, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas testemunhas relataram que ele apresentava sinais de embriaguez.

Wagner foi indiciado por homicídio por dolo eventual e tentativa de homicídio por dolo eventual, com a qualificação de não oferecer possibilidade de defesa das vítimas. Além disso, foi autuado por dirigir sob influência de álcool.

'Não foi acidente, foi homicídio', diz mãe de Amanda

A mãe de Amanda, Renata Aparecida Marques, também esteve no Fórum de Vila Velha, nesta quinta-feira, e conversou com a equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV. Ela reforçou o discurso de que a filha foi vítima de um homicídio, e não de um simples acidente.

"Estou na expectativa, querendo justiça e que ele seja punido. Não foi acidente, foi homicídio mesmo. Ele é um assassino. Dirigir acima de 135 km/h não é você andar, é você voar. É porque você está querendo alguma coisa no meio da estrada. A gente espera que ele pegue bastante tempo de cadeia", afirmou.

Para Renata, a condenação do motorista que provocou a batida é uma forma de amenizar um pouco a dor pela ausência de Amanda.

"Ameniza mais ou menos, porque não vai trazer mais a minha filha de volta. É uma tristeza que me mata todos os dias. Metade de mim foi morta junto com ela e minha outra metade tenta viver".

No dia 17 de abril, quando aconteceu o acidente, Amanda e Matheus estavam na casa de Renata, como faziam praticamente todo sábado. A batida aconteceu quando eles seguiam de volta para casa.

"É muito difícil para mim. Uma filha que a gente sempre amou, que a gente sempre desejou, uma menina muito especial. Ela deixou o legado dela aqui", concluiu Renata.

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Com informações da repórter Suellen Araujo, da TV Vitória/Record TV 


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