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Covid-19: Sobe para 170 mil o número de capixabas com 2ª dose atrasada

Durante o mutirão, realizado na sexta e no sábado, quase 100 mil pessoas foram vacinadas em todo o Estado, sendo cerca de 62 mil com a segunda dose

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Mesmo com o mutirão de vacinação contra a covid-19, realizado na última sexta-feira (27) e sábado (28), a aplicação da segunda dose da vacina está atrasada para cerca de 170 mil pessoas no Espírito Santo.

Durante o mutirão, quase 100 mil pessoas foram vacinadas em todo o Estado, sendo cerca de 62 mil com a segunda dose. Mesmo assim, o número ficou abaixo da expectativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Durante o fim de semana, a Sesa ofertou 360 mil doses exclusivamente para a chamada D2, quantidade mais que suficiente para zerar a demanda. No entanto, com a baixa adesão, o número de capixabas com a segunda dose atrasada aumentou, ao invés de diminuir.

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De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado, Luiz Carlos Reblin, nesta segunda-feira (30) cerca de 170 mil pessoas estavam com a dose de reforço atrasada, 10 mil a mais do que na sexta-feira. 

"Muita gente acaba esquecendo, não acompanha as notícias como deveria se preocupar em relação à pandemia e não comparece para tomar a segunda dose. Outros, por alguma dificuldade, de medo, de algumas reações que todas as vacinas produzem no nosso corpo. As cidades hoje têm vacinas disponíveis em quantidade para suprir a segunda dose de quem já tomou a primeira", afirmou.

Reblin reforça a necessidade de completar a imunização, no momento em que a variante Delta do coronavírus começa a fazer os casos de covid-19 voltar a subir.

"Nós estamos num momento de aumento de casos, muito provavelmente causado pela variante Delta, que já circula entre nós. Isso é fato, é real. Então, principalmente por isso, a segunda dose é fundamental na proteção das pessoas", destacou o subsecretário.

Atraso de quase um mês para a segunda dose

Um dos capixabas que estão com o esquema de vacinação atrasado é a educadora social Tamirys Brito. Ela mora em Vitória e afirma que está com a segunda dose da vacina atrasada há quase um mês.

Ela conta que teve dificuldade para fazer o agendamento. "A segunda dose deveria acontecer no dia 7 de agosto. A demanda é grande, porém as vagas não são suficientes. As pessoas querem tomar a vacina, mas a quantidade de vagas não é suficiente para essas pessoas terem acesso à vacina. Eu sou exemplo disso", afirma. 

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Tamirys disse ainda que não ficou sabendo do mutirão do último final de semana. No entanto, para sorte dela, na segunda-feira ela finalmente conseguiu agendar a segunda dose.

"Eu entrei e tinham duas vagas disponíveis. Eu consegui, mas acabou muito rápido. Quando eu entrei de novo já não tinha mais", contou.

Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV 

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