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Novo Hospital São Lucas reabre com 65 leitos e sem pronto-socorro no Forte São João

Com capacidade para 175 leitos, a estrutura receberá apenas pacientes encaminhados de outros hospitais, por meio da Central Estadual de Regulação de Vagas

Com capacidade para 175 leitos, a estrutura receberá apenas pacientes encaminhados de outros hospitais Foto: Romero Mendonça/Secom-ES

O antigo Hospital São Lucas, que agora passará a se chamar Hospital Estadual de Urgência e Emergência, foi reaberto na manhã desta quinta-feira (11), com 65 leitos, divididos em 45 leitos clínicos-cirúrgicos e 10 unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e cinco vagas destinadas para emergência.

Com capacidade para 175 leitos, a estrutura receberá apenas pacientes encaminhados de outros hospitais, por meio da Central Estadual de Regulação de Vagas. "Os pacientes virão para o hospital através da Central de Regulação. Os que estão dentro dos nossos hospitais públicos ou dentro das unidades de pronto atendimento que serão regulados pela central, serão encaminhados para cá conforme a necessidade”, disse o secretário Estadual de Saúde, Tadeu Marino.

Em relação aos ganhos para a população capixaba, Marino diz que é muito importante, já que há carência de vagas no Estado. "O governo abriu cerca de mil leitos hospitalares, justamente nessa lógica de dar leitos para a população, estamos entregando 175 leitos, isso é muito importante porque há uma carência no Espírito Santo e isso é fundamental. É um ganho muito grande".

O secretário diz que ainda há mais obras a serem feitas e que em 18 meses serão mais 265 leitos entregues. 

Pronto-socorro só em 2016

Mesmo após seis anos passando por reformas, o hospital não atenderá a população que for ao local agendar consultas. De acordo com o secretário estadual de Saúde, José Tadeu Marino, o Pronto-Socorro só ficará pronto em 2016, em uma etapa posterior.

O novo hospital possui estrutura para realização de exames de alta especialidade, como tomografia, raio X e endoscopia. Entre desapropriação, projeto, obra e equipamento, foram investidos R$ 102 milhões. A expectativa, de acordo com o secretário, é de que até dezembro deste ano todos os 175 leitos sejam entregues ao público.

Com previsão de entrega total para daqui dois anos, a Unidade de Pronto-Atendimento do Hospital São Lucas continuará funcionando nas dependências do Hospital da Polícia Militar (HPM), em Bento Ferreira, em Vitória. De acordo com o secretário, após as conclusões das obras, o Hospital São Lucas volta a ser no Forte São João. “Quando concluirmos todas as nossas obras, em 2016, o HPM voltará a ser gerido pela Polícia Militar. Com as obras terminadas, voltaremos com o São Lucas para o seu lugar de origem. O Hospital será chamado de Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas”, afirmou.

O hospital pretende ser referência no Estado para casos de urgência e emergência em traumas ortopédicos, neurológicos e cirurgia geral. Com a inauguração parcial, a expectativa é de que o fluxo em outros hospitais públicos seja diminuído. Só no HPM, 300 pacientes são atendidos diariamente.

Com ordem de serviço autorizada em novembro de 2007, para Marino, hospitais antigos quando reformados acabam demorando mais para serem entregues à população. “O São Lucas é de 1964, é antigo. Demora, dá mais trabalho ficar reformando, do que começar da estaca zero. É mais fácil implodir tudo”, disse.

Ainda segundo o secretário, a gestão do governo atual assumiu com 30% das obras concluídas, já que o serviço de reforma começou pelo bloco 2. De acordo com ele, as obras começaram com pacientes ainda internados. O hospital só foi totalmente esvaziado para reformas em 2010, o que, para ele, atrasou a entrega da obra.

De acordo com Maria Aparecida Calasense, diretoria-geral do hospital, para esta primeira etapa, mais de 280 profissionais atuaram no local. “ O nosso quadro previsto é para 600 funcionários. Neste início, teremos 320 colaboradores, incluindo aí de 140 a 150 médicos. Vamos crescer gradativamente”, contou.

Organização Social

O Hospital Estadual de Urgência e Emergência será gerenciado por uma Organização Social (OS), o Instituto Americano de Pesquisa, Medicina e Saúde (Iapemesp), contratada por meio de edital, mas será 100% destinada a pacientes do SUS. O valor do contrato de gestão nos primeiros 12 meses é de R$ 69.902.075,02, sendo que a OS receberá R$ 51.385.250,77 para custeio do hospital. Os demais R$ 7 milhões serão repassados à entidade para investimentos. A duração do contrato é de dois anos, podendo ser renovado por igual período.

Critérios de atendimento

De acordo com Marino, os critérios de atendimento serão definidos pelos médicos. “Se um médico atende um paciente com dificuldade para respirar, por exemplo, ele percebe que o estado de saúde desse paciente é grave. Ele vai fazer todo o procedimento adequado, e após esse atendimento, vai escrever em uma tela, vai passar o perfil clínico deste paciente. Se tiver vaga, será transferido para o Hospital de Emergência. Prezamos pelo atendimento de média e alta complexidade. Com esse tipo de critério, iremos otimizar e agilizar as vagas no leito de UTI”, explicou. 

Indicadores

O Hospital Estadual de Urgência e Emergência estima alcançar, em média, 800 internações mensais. A instituição disponibilizará exames especializados, como raios X, tomografia, endoscopia, ultrassonografia, ecocardiografia e análises clínicas. 

Leitos após obra completa

121 leitos de enfermaria

40 leitos de UTI

14 Leitos Semi-intensivos

Total: 175

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