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Obama corteja sindicatos e defende licença médica remunerada

Redação Folha Vitória

Boston - O presidente norte-americano Barack Obama criticou parlamentares Republicanos por "constante ataque contra os trabalhadores" e disse nessa segunda-feira que está usando seu poder para forçar empregadores federais oferecerem licença remunerada em caso de doença dos empregados. Obama foi recebido com aplausos em uma grande manifestação do Dia do Trabalho nos Estados Unidos em Boston ao dizer que assinou uma ordem executiva enquanto voava a bordo do Air Force One.

Obama afirmou que Republicamos que alegam estar protegendo a classe média falam demais, mas disse que precisam provar o que dizem por meio de suas ações. "Apenas espere, olhe para o céu e a prosperidade vai cair sobre nós", disse com sarcasmo. "Não é assim que a economia funciona", acrescentou, afirmando que o pensamento republicano tem "destruído a economia por muito, muito tempo".

Aproximadamente 44 milhões de trabalhadores do setor privado nos EUA não recebem licença médica remunerada, segundo o governo. A Casa Branca disse que não poderia estimar quantos são os empregadores federais que não oferecem o benefício.

O gesto de aproximação aos trabalhadores ocorre enquanto Obama trabalha para amenizar tensões quanto a sua agenda de comércio junto a movimentos sindicais. Grandes sindicatos se opõem ao esforço de Obama por novos acordos comerciais com a Ásia e a Europa porque temem que tais acordos levem a uma ampla eliminação de postos de trabalho nos EUA.

Por meio da ordem executiva assinada por Obama, empregados federais ganham o direito de pelo menos uma hora de licença remunerada para cada 30 horas trabalhadas. Considerando doze meses de trabalho, a proposta resulta em até sete dias de licença por ano. A medida vale para contratos assinados a partir de 2017, quando Obama já terá deixado a presidência.

Obama escolheu o Dia do Trabalho para anunciar a medida enquanto trabalha por aprovar novas regulamentações para trabalhadores antes do final de seu mandato, apesar de resistência no Congresso a suas propostas. Em meio ao processo eleitoral para 2016, democratas buscam se diferenciar dos republicanos e tentam mostrar que apoiam mais a classe média. Fonte: Associated Press.

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