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Freiras capixabas comemoram canonização de Madre Teresa de Calcutá

Segundo a irmã Creci, que morou com a beata, a canonização da freira no ano em que a Igreja Católica instituiu como “O Ano da Misericórdia”, é um exemplo de fé

Madre Teresa será canonizada no próximo domingo (04) Foto: UN Photo/B Lane

Madre Teresa de Calcutá será canonizada, ou seja, transformada em Santa pela Igreja Católica no próximo domingo (04), em uma cerimônia que será conduzida pelo papa Francisco na basílica de São Pedro, no Vaticano, em Roma. A canonização acontece 19 anos após a morte da missionária que trabalhou cuidando dos pobres das favelas da cidade de Calcutá, na Índia.

Aqui no Espírito Santo a canonização de Madre Teresa, que ainda é beata, é aguardada com ansiedade e alegria pelas irmãs Missionárias da Caridade (Madre Teresa de Calcutá), que pertencem à mesma congregação da futura santa e vivem no convento que fica no bairro Consolação, em Vitória.

Segundo a irmã Creci, indiana que morou com Madre Teresa em Calcutá nos anos 1979 e 1980, no ano em que a Igreja Católica instituiu como “O Ano da Misericórdia”, a canonização da freira é um exemplo de fé.

“A Igreja coloca Madre Teresa como exemplo de amor e misericórdia para os outros. A canonização desta pessoa que tive a honra de conviver nos deixa muito felizes”, afirmou irmã Creci.

As Missionárias da Paz contam hoje com cerca de 4.500 religiosas que trabalham em mais de 130 países, onde têm 710 casas para assistir os mais pobres e doentes.

A religiosa disse ainda que a missão que Madre Teresa realizava continua sendo feita desde a criação da congregação que leva o nome da futura santa em 1950. Aqui no Estado, o convento completará 30 anos no próximo dia 10.

“Nós continuamos realizando a mesma missão que Madre Teresa realizava. Aqui nós temos um abrigo para as pessoas idosas que não têm ninguém, também trabalhamos com os pobres dos morros de Vitória, visitamos as famílias, damos assistência social, remédios, cesta básica, damos catequese”, afirmou.

O convento que fica na rua Desembargador Otaviano de Carvalho, 190, no bairro Consolação é aberto à visitação e conta com a ajuda dos ‘missionários de bom coração’ que desejam ajudar a entidade.

“Nós ajudamos a quem precisa e aceitamos doações de roupas, remédios e alimentos para que a nossa missão, que começou com Madre Teresa não termine”, disse a freira Creci.

Quem foi Madre Teresa de Calcutá

O verdadeiro nome de Madre Teresa de Calcutá é Agnes Goncha Bojaxhiu. Ela nasceu na cidade de Skopje, na Macedônia, no dia 27 de agosto de 1910. De uma família católica, desde pequena descobriu o seu dom para a vocação religiosa e ingressou na Ordem de Nossa Senhora de Loreto, na Irlanda, aos 18 anos.

Em 1931 foi enviada para um colégio na cidade de Darjeeling, na Índia, local em que no dia 24 de maio de 1931, fez seus votos de obediência, pobreza e castidade. Ela se tornou noviça e adotou o nome de Teresa.

Teresa se mudou para Calcutá e estudou enfermagem. Deixou a Ordem das irmãs Loreto depois de ter recebido um chamado para viver com os pobres e exercer a sua vocação. Desde então, ela dedicou a sua vida ao trabalho com os mais pobres na capital indiana.

A medida que o seu trabalho missionário crescia, aumentava o amor de Teresa pelo povo da Índia. Assim ela adotou a cidadania indiana.

Madre Teresa de Calcutá foi beatificada em 2003. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz no ano 2000.
Madre Teresa de Calcutá morreu no dia 5 de setembro de 1997 aos 87 anos na sede das Missionárias da Caridade, onde morava.

Os milagres de Madre Teresa

Dos milagres concedidos por Madre Teresa de Calcutá reconhecidos pela Igreja Católica estão a cura de uma mulher indiana em 2003. Ela tinha um tumor no abdómen e foi curada depois de colocar um medalhão com uma foto da freira no local.

Já no ano de 2008, o segundo milagre da futura santa aconteceu a um homem brasileiro que se encontrava em fase terminal por graves problemas cerebrais.

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