Edital é publicado, mas obras no Cais das Artes só devem ser retomadas no ano que vem
Cerca de R$ 72 milhões deverão ser utilizados para o retorno dos trabalhos, que ainda vai depender da autorização da nova gestão do Governo do Estado
O edital de licitação para contratar a empresa que ficará responsável por concluir as obras do Cais das Artes, na Enseada do Suá, em Vitória, será publicado nesta terça-feira (18). No entanto, a retomada das obras só deve acontecer em 2019 e vai depender da autorização da nova gestão do Governo do Estado.
Segundo o secretário estadual de Obras Públicas, Paulo Ruy Carnelli, cerca de R$ 72 milhões deverão ser utilizados para a retomada dos trabalhos. "A gente espera que o mercado das empresas tenha cuidado ao apresentar sua proposta, se prepare bem, porque pela terceira vez o Estado está deixando os recursos corretos, tem um bom projeto e a gente espera que a obra seja concluída", afirmou.
Mais de R$ 126 milhões já foram gastos com a obra, iniciada em 2010. Na ocasião, o prazo estimado para o término do complexo era de 18 meses. No entanto, o empreendimento foi paralisado por duas vezes, devido a problemas apresentados pelas empresas contratadas.
O primeiro consórcio foi à falência e o segundo ingressou com uma ação na Justiça, impedindo que a Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas (Setop) e o Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes) retomassem a conclusão do projeto. "Não tem cabimento uma obra ficar parada. Então nós trabalhamos para prover o recurso, para ajustar o projeto e fazer um novo orçamento", ressaltou Carnelli.
Já o secretário estadual de Cultura, João Gualberto, afirmou que quase metade da estrutura do Cais das Artes já está concluída. Segundo ele, nessa nova etapa, as edificações do teatro, do museu e da praça é que serão submetidas à finalização.
Gualberto frisou ainda que a proposta do Cais das Artes é abrigar espaços voltados para a realização de shows e espetáculos de teatro, dança, concertos e exposições artísticas de renome nacional e internacional.
"Nós temos, nos três espaços, condições de recebermos espetáculos de fora e de produzirmos espetáculos aqui. Eu acho que as duas funções do complexo são importantes. Ele é e tem sido, em outros lugares onde isso acontece, um fomentador da cultura", destacou o secretário.
