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Ufes e PM negam que policiais estariam desistindo de fazer a segurança na universidade

Informação de que militares estariam pedindo baixa do convênio formado entre a Ufes e a Sesp foi divulgada pelo Sindseg-ES, que representa os vigilantes

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
Segundo a Ufes, policiais atuarão nos campi da universidade ainda este ano | Foto: Breno Ribeiro

A Polícia Militar e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) negaram que policiais militares estariam desistindo de atuar na segurança dos campi da universidade, conforme convênio firmado entre a Ufes e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). A informação de que militares estariam pedindo baixa do convênio foi divulgada pelo Sindseg-ES, que representa, entre outras categorias, os vigilantes do Estado.

Segundo nota divulgada no site do sindicato, os policiais já teriam, inclusive, passado por um treinamento sobre direitos humanos antes começarem a atuar na universidade, mas muitos teriam desistido do contrato.

O Sindseg-ES encerra a nota dizendo que "o plano de substituir os vigilantes patrimoniais da Ufes parece estar caminhando para o fracasso" e que o sindicato, juntamente com o o Sindivigilantes, já havia protocolado, no Ministério Público, uma denúncia contra o convênio.

Por meio de nota, a Ufes informou que a seleção dos policiais militares que atuarão nos campi da universidade ainda está em andamento e é realizada pela própria Polícia Militar, com o acompanhamento da instituição de ensino. Ainda de acordo com a Ufes, o curso de Direitos Humanos para esses policiais ainda não teve início, mas está confirmado para outubro.

"A Administração Central da Ufes destaca que o convênio com a Secretaria de Estado de Segurança Pública foi uma medida necessária diante do aumento do número de ocorrências registrado nos campi da universidade, considerando também as limitações legais, institucionais e financeiras da Ufes, como foi amplamente divulgado pelos veículos de comunicação. O convênio firmado visa priorizar não apenas a segurança do patrimônio, mas principalmente a segurança das pessoas", diz a nota divulgada pela universidade.

Já a Polícia Militar afirma que a informação sobre as desistências dos policiais não procede e ressalta que o militar da reserva se voluntaria para atuar nesse tipo de atividade, como no convênio firmado com a Ufes.

Convênio

No final de junho, a Ufes anunciou que cerca de 120 policiais militares da reserva atuarão, de forma permanente, dentro dos campi da universidade a partir do segundo semestre deste ano.

Segundo a Ufes, 66 policiais farão a segurança no campus de Goiabeiras, 20 no de Maruípe - ambos em Vitória - e os demais divididos entre os campi de Alegre e São Mateus.

Ainda de acordo com a universidade, os militares participarão de treinamentos na área de Recursos Humanos e uma capacitação para atuar em ambiente universitário.

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