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Após furar o pé com prego, morador de Guarapari vai à Upa e não encontra vacina antitetânica

De acordo com ele, que pisou em um prego e acabou furando o pé, no local o médico informou que não havia a vacina e nem previsão de reposição do medicamento

Aline Couto

Redação Folha da Cidade
Foto: Divulgação

Gilvan da Silva Santos, 42 anos, morador de Guarapari, se acidentou no trabalho na tarde de ontem (09) e foi na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, no bairro Ipiranga, em busca da vacina antitetânica. De acordo com ele, que pisou em um prego e acabou furando o pé, no local o médico informou que não havia a vacina e nem previsão de reposição do medicamento.

“É a única UPA que temos e ela não tem a vacina. Também não me receitaram nenhum remédio para dor ou algum anti-inflamatório. Passei a noite preocupado e com bastante dor. Se o prefeito não consegue colocar uma antitetânica na única UPA da cidade, como quer construir um hospital?”, indagou o morador.

Na manhã de hoje (10), Gilvan procurou o Posto de Saúde no bairro onde mora, Jabaraí, e lá conseguiu a aplicação da vacina antitetânica. “Não é a primeira vez que não tenho atendimento correto na UPA. Ano passado fui três vezes na unidade com muita dor. Eles me davam analgésicos e mandavam para casa. A dor não passava e decidi procurar um médico particular, que só com o exame no consultório me encaminhou para uma cirurgia de emergência de apêndice. Já entrei com uma ação contra o município, mas por conta da pandemia ainda está tramitando”.

Diante da reclamação, a Prefeitura de Guarapari foi questionada e respondeu que na Unidade de Pronto Atendimento – UPA 24 a vacina antitetânica está disponível para os casos registrados nos finais de semana. “O fluxo de vacinação durante a semana é realizado nas Unidades Básicas de Saúde, por isto, o paciente recebeu o encaminhamento para administração da dose da vacina na unidade correta. Ainda, o paciente não apresentava o cartão de vacinação”.

Sobre o paciente não ter receita de remédio para dor ou inflamação, o órgão informou que faz parte da conduta médica a administração de medicamentos analgésicos e/ou profiláticos para infecção, considerando a avaliação/exame físico, bem como as queixas do paciente. “No prontuário do paciente, não consta nenhuma queixa relacionada”.

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