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Volta às aulas: Conselho Estadual de Educação recomenda que estudantes não usem brincos, pulseiras e anéis

A lista de recomendações publicada no Diário Oficial do Estado diz ainda que os alunos devem, preferencialmente, usar o cabelo preso e cada um tenha sua própria garrafa de água

Foto: Divulgação

O Conselho Estadual de Educação do Espírito Santo (CEE-ES) detalhou uma série de medidas e orientações para o retorno seguro das aulas presenciais nas escolas do Espírito Santo. Todas as recomendações foram publicadas no Diário Oficial do Estado da terça-feira (15). Até o momento não há definição para a retomada das atividades presenciais da educação básica no Estado .

Segundo o CEE-ES, as diretrizes são apresentadas como recomendações para o planejamento do retorno das atividades escolares e se basearam nos relatos de países que já retomaram as aulas presenciais, nas orientações da Organização Mundial da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria, da Secretária de Estado da Saúde, da vigilância sanitária e nas decisões dos órgãos de autoridade educacional e sanitária.

As recomendações foram divididas em medidas estruturais,  pedagógicas, de distanciamento social, de higiene medidas de acolhimento.

Entre as medidas de higiene, o CEE-ES aconselha que os alunos evitem levar brinquedos pessoais à escola e dar preferência às atividades recreativas ao ar livre. Além disso, é preciso evitar o uso de adereços como brinco, pulseira, anéis, etc. e usar preferencialmente o cabelo preso. O Conselho recomenda ainda que os estudantes utilizem suas próprias garrafas de água, utilizando os bebedouros comuns apenas para encher essas garrafas novamente.

Já entre as medidas para o distanciamento social, o CEE recomenda que sejam suspensos, temporariamente, atividades que envolvam reuniões coletivas, como jogos, competições, festas, reuniões e comemorações.  O Conselho também orienta que as instituições reduzam o número de alunos nas salas de aula, mantendo um espaçamento entre eles obedecidas as determinações das autoridades sanitárias do Estado.

Confira algumas das recomendações:

Medidas estruturais: 

- Manter lavatórios, tanques ou pias em bom funcionamento e abastecidos com sabão e papel-toalha;

- Higienizar os artefatos (mesas, cadeiras, quadros, portas, corrimões, etc) utilizados pelos alunos e professores entre os turnos.

- Organizar os horários e locais de entrada e saída das turmas, com as devidas sinalizações, de modo a evitar quaisquer contatos entre as pessoas que chegam e que saem da.

- Organizar horários alternativos de uso dos espaços coletivos como pátios, quadras, refeitórios, bibliotecas, laboratórios, a fim de evitar aglomerações;

- Dar preferência, quando possível, para utilização de espaços alternativos como, por exemplo, praças, parques, e para atividades de pesquisas virtuais em bibliotecas on-line, museus on-line, teatros on-line, para o desenvolvimento de atividades formativas e, dessa forma, reduzir a aglomeração no interior das instituições de ensino e das salas de aula.

- Propiciar forma de aferição da temperatura de todos os alunos e profissionais, na entrada da instituição, por meio de termômetros infravermelho ou outros instrumentos que não envolvam contato corporal;

Medidas para o distanciamento social

- Organizar horários escalonados para entradas, saídas e intervalos, de forma a evitar aglomerações nos portões, corredores, pátios e espaços multiusos;

- Evitar a entrada de pessoas externas ao corpo de funcionários (fornecedores, equipes de manutenção e outros) nos horários de realização de atividades presenciais;

- Permitir a entrada de alunos, professores, funcionários, somente com uso de máscara;

- Disponibilizar máscaras para alunos que, porventura, não as tenham;

- Dar preferência para a realização de aulas em ginásios, quadras ou mesmo ao ar livre;

- Sinalizar rotas nos espaços das escolas para que os alunos mantenham distância entre si;

- Utilizar várias entradas da escola e divisão dos alunos, de acordo com a proximidade das salas;

- Marcar lugares nos refeitórios, com espaçamento previsto pelos órgãos governamentais de saúde, e dispor de horário diferenciado para uso do espaço pelas turmas, para minimizar a movimentação durante o almoço;

- Monitorar, mesmo à distância, as turmas nos intervalos, para observar possíveis sintomas, espirros, tosses etc;

Medidas de higiene

- Promover campanhas para conscientização da higienização de materiais como roupas, sapatos, mochilas, bolsas e pastas;

- Orientar as famílias que o uniforme (quando for o caso) deverá ser utilizado apenas na escola e no trajeto casa - escola - casa;

- Orientar sobre a obrigatoriedade da higienização frequente das mãos, especialmente na chegada à escola, antes e após as refeições, após ida ao banheiro e, se possível, uma vez a cada duas horas ao longo do dia;

- Realizar atividade lúdica educativa para as crianças menores aprenderem os cuidados básicos de higienização das mãos e de uso de máscaras que cubram nariz e boca;

- Evitar o uso e reúso de lenços de pano e chupeta amarrada na fralda;

- Orientar para o uso de lenços descartáveis ou do antebraço (cotovelo dobrado) ao tossir ou espirrar;

- Motivar e zelar pelo uso de máscaras (é contraindicado o uso de máscaras em crianças menores de dois anos, pelo risco de sufocação, e em indivíduos que apresentem dificuldade em removê-las. As máscaras devem ser trocadas a cada duas a quatro horas, ou antes, se estiverem sujas, úmidas ou rasgadas);

 Medidas pedagógicas

- Manter comunicação frequente com todas as famílias dos alunos, garantindo a participação efetiva na tomada de decisões;

- Efetuar avaliação diagnóstica do aprendizado dos alunos, acompanhada da escuta sistemática dos professores, assim que houver o retorno, seguida de organização de programas de apoio e de recuperação de aprendizagens;

- Reorganizar o calendário escolar, considerando objetivos de aprendizagens que foram definidos como essenciais, contemplando, no planejamento, diversas estratégias didáticas remotas e presenciais combinadas, para assegurar o sucesso do trabalho formativo realizado;

- Garantir o tempo de descanso aos profissionais e aos alunos, especialmente no período de verão, prorrogando os calendários para o período do ano seguinte, em caso extremamente necessário;

- Reorganizar conteúdos, a partir da Proposta Pedagógica, de forma a adequá-los às necessidades dos alunos que, durante as aulas remotas, tiveram seu processo de aprendizagem;

- Trabalhar os conteúdos essenciais, tomando por base os objetivos de aprendizagens, atentando-se para os conhecimentos básicos necessários para a continuidade dos estudos nos anos e períodos subsequentes;

- Privilegiar a utilização de diferentes tecnologias no trabalho com os objetivos de aprendizagens, a fim de imprimir diversidades de práticas de pesquisa, como levantamento de informações, registro e sistematização de conhecimentos abordados, comunicações diversas, visitas virtuais a museus, parques, palácios, audição de concertos de música, visualização de peças de teatro e documentários sobre assuntos tratados nas aulas;

- Facilitar o acesso a computador e a internet, na instituição de ensino, com prévio agendamento, para os alunos com dificuldades tecnológicas/ técnicas;

Medidas de acolhimento

- Planejar atividades de acolhimento e de reintegração social dos professores, funcionários e estudantes, como forma de superar os impactos psicológicos do longo período de isolamento social;

- Realizar intervenções criativas, afetivas e de arte no espaço físico do ambiente escolar como estratégias de acolhimento dos estudantes, observadas as determinações das autoridades sanitárias;

- Levar em conta princípios e diretrizes apresentados neste documento e em diálogo com os segmentos que integram a comunidade escolar;

- Valorizar ações e atividades que oportunizem o estreitamento de laços entre família e escola, sem desconsiderar as medidas de preservação da saúde;

- Valorizar os encontros remotos para discussões sobre problemas enfrentados pelas famílias e orientá-las para enfrentá-los.



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