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Família aguarda liberação de corpos de mãe e filha assassinadas em Marataízes

Elas foram mortas a facadas na noite de quarta-feira (16) e o principal suspeito é o ex-namorado de Charlene, que está preso

Foto: Reprodução

*A matéria foi atualizada após a informação da família de que há dificuldade na liberação dos corpos, portanto não há previsão para o sepultamento

Os corpos de Charlene de Lenis Gonçalves e da filha, Ysaquiele Júnia Gonçalves, de 11 anos, aguardam liberação no Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim para serem sepultados. Elas foram mortas à facadas na noite de quarta-feira (15). O principal suspeito é o ex-namorado de Charlene, identificado como Michael Prates Garcia, que está preso.

Durante a manhã, familiares das vítimas estiveram no SML para fazer a liberação dos corpos. Porém, não havia médico legista disponível. Com isso, não há previsão de sepultamento.  

A Polícia Civil, por meio de nota,  admitiu que não havia profissional em Cachoeiro para atender à família. Informou que em dias em que não há médico legista no plantão, existe a possibilidade de realizar a liberação, em casos de menor complexidade, no plantão seguinte do Serviço Médico Legal, sem necessidade de deslocamento. 

"Em alguns casos, por opção das famílias, o corpo pode ser enviado ao DML, em Vitória, para a liberação. Entretanto, o deslocamento até Vitória só é imprescindível quando são necessários exames mais complexos, que não podem ser realizados nas unidades do Serviço Médico Legal (SML) do interior do Estado", completou.

A instituição reconheceu ainda que há falta de profissionais legistas para atender à demanda no Estado. Informou que já houve um concurso público para a função e que há um curso de formação em andamento na Academia de Polícia Civil, com conclusão em novembro. "O curso permitirá a contratação de profissionais de diversas categorias, incluindo 76 peritos oficiais criminais e 50 auxiliares de perícia médico-legal, o que vai contribuir para a recomposição dos quadros da corporação", concluiu.

Filha foi esfaqueada ao tentar defender a mãe

Na noite de quarta-feira (15), o suspeito, identificado como Michael Prates Garcia, de 31 anos, teria chegado na residência da vítima. Segundo a polícia, ele estava com uma faca de, aproximadamente, 40 centímetros de lâmina. O delegado acredita que ele já tinha a intenção de cometer o crime.

De acordo com a polícia, o suspeito pulou o muro da casa da vítima e se deparou com Charlene. Ele teria a golpeado e, em seguida, a filha apareceu para tentar ajudar a mãe. A menina de 11 anos também foi atingida. Uma testemunha chegou quando o criminoso já realizava o último golpe na vítima.

Mãe e filha foram socorridas e encaminhadas para um hospital. Charlene morreu logo em seguida. A filha ainda foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim, mas também não resistiu aos ferimentos e morreu.

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Segundo o delegado, Michael e Charlene tiveram um relacionamento amoroso por três anos. O casal morava em Cachoeiro, também no Sul do Estado.

A mulher teria sido agredida algumas vezes durante o relacionamento. Cansada da violência, ela decidiu se separar e se mudou para Marataízes, cidade onde ocorreu o crime.

Apesar dos relatos de agressões anteriores, o delegado afirma que não foram localizadas denúncias de agressão por parte da vítima. 

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