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Amigos fazem campanha para salvar vida de gêmeas capixabas que precisam de rins

A família das meninas luta há 10 anos contra a doença, que foi diagnosticada quando elas tinham apenas dois anos. Amigos fizeram uma página para pedir ajuda

As gêmeas e a mãe estão morando em São Paulo para o tratamento Foto: Reprodução Facebook

Com o diagnóstico de síndrome nefrótica as gêmeas capixabas Ana Clara e Maria Luiza, de 12 anos, aguardam um transplante de rins. Há 10 anos elas foram diagnosticadas com a doença e lutam para reverter o problema. A família, que é da Serra, está morando em São Paulo para realizar o tratamento.

De acordo com a mãe das meninas, Bruna Mirandola Scherrer, quando elas tinham apenas dois anos de idade a doença foi descoberta. De lá para cá, muitos tratamentos foram realizados. Com a grande quantidade de medicamentos que era usado, a imunidade das meninas foi diminuindo. Além disso, os rins foram comprometidos e com a sobrecarga no órgão elas foram perdendo as funções renais.

“A primeira que começou a fazer hemodiálise foi a Ana Clara, e seis meses depois foi a Maria Luiza. A princípio todo o tratamento era feito aqui no Estado. Começamos uma rotina de hemodiálise três vezes por semana”, contou Bruna.

Ida para São Paulo

Segundo a mãe das gêmeas, como no Estado não há uma clínica especializada em hemodiálise pediátrica e também não há transplante de rins para crianças, ela começou a levar as meninas para São Paulo. As consultas eram realizadas lá, mas a hemodiálise era feita no Espírito Santo. Até que a médica fez um alerta.

“Após uma consulta, a médica apontou que a Maria Luiza estava com a função cardíaca comprometida e precisava de tratamento que só tem lá em São Paulo. Por conta disso, nós acabamos ficando de vez. Isso já faz cinco meses. Hoje elas fazem hemodiálise de segunda a sábado”, disse a mãe.

As meninas precisam ficar em São Paulo até que o transplante seja realizado. Por conta da mudança, as meninas estão sem estudar esse ano. Há dois anos a mãe das gêmeas também precisou parar de trabalhar para ficar em função delas. “Meu marido ainda trabalha, mas também precisa ajudar com elas. Como são crianças, nas sessões de hemodiálise elas precisam de um acompanhante para casa uma. Não dá para ficar sozinha com as menina. É muito duro”, afirma.

Campanha

A família recebe ajuda do Estado, mas como o custo de vida é alto e são duas crianças, eles também contam com a ajuda da família, de amigos e de pessoas que estão dispostas a contribuir. Com isso, um grupo de amigos de aproximadamente 20 pessoas criaram uma página nas redes sociais de apoio a doação de órgãos e as gêmeas. 

O objetivo da campanha é estimular as famílias e as pessoas a serem doadoras de órgãos. Além disso, é uma forma também de dar suporte financeiro para a família. Aninha e Malu (como são chamadas pela família) estão ativas no cadastro de doação de rim de São Paulo e aguardam um chamado a qualquer momento para o transplante.

“A doação de órgãos é pouco divulgada e as pessoas ainda tem resistência. Por isso eles se juntaram para pedir ajuda. Quando nos falaram da ideia nos abraçamos, pois estamos em uma situação na qual também precisamos de ajuda”, destacou.

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