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Professor: profissão ou vocação?

Apesar das inúmeras dificuldades da profissão, ainda há aqueles que ouvem o coração e aceitam o delicioso desafio de ser um educador. Conheça a história de três guerreiras que amam lecionar

Ticiana se sente realizada e não se vê em outra profissão - Foto: Divulgação

“Se eu não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro”. Essas palavras foram ditas por D. Pedro II há mais de 120 anos. E ele estava certo, afinal, estamos falando da profissão que forma todos os outros profissionais.

Apesar de haver certo desprestígio na carreira, salários baixos - o piso nacional da educação para professores com nível médio é de R$ 1.451 para 40 horas semanais -, carga horária alta, revezamento em mais de um emprego, planejamento de aula em pouco tempo, constante atualização e todas as exigências da carreira, ainda há quem consiga enxergar a beleza e a responsabilidade de ser um educador e faz todo esse esforço valer a pena, descobrindo que mais que uma profissão, eles estão lidando com uma vocação, um chamado.

E então, ser professor é uma profissão ou vocação? Quem responde são Ticiana Feitosa e Priscila Emanuele Magno, formandas em Pedagogia, e Renata Malverdi, que está em seu primeiro ano como professora de Letras e Literatura Portuguesa. Confira como elas enxergam o desafio e a delícia de estar em uma sala de aula.

Renata acredita que lecionar seja mesmo uma vocação - Foto: Divulgação

Ticiana Feitosa
“Desde criança tive essa vontade de fazer Pedagogia, pelos bons professores que passaram pela minha vida e por influência das minhas tias, que são pedagogas e amam o que fazem. Dentro de sala de aula eu me sinto realizada porque a cada conquista da criança a gente acaba se sentindo um pouco responsável. Ser professora é uma grande responsabilidade! Acho que existem, sim, muitos professores que não gostam do que fazem, mas eu não me imagino em outra profissão, que por sinal ainda precisa ser mais valorizada por ser uma das mais importantes do mundo”.

Priscila Emanuele Magno
“Sempre me falaram que tenho jeito com crianças. Decidi, então, me tornar professora, já que desde minha adolescência lido com crianças em um ministério na igreja e é minha paixão ver como eles respondem às nossas expectativas. Meu dia a dia tem sempre uma novidade. Eu sou estagiária de um aluno autista e descobri em uma criança especial que amo mais ainda a minha profissão. Não é fácil porque vemos como é a realidade para muitas crianças, escolas e governo, mas ser professora é uma vocação, algo que sempre fiz, mesmo que de outras maneiras. Para ser um educador é necessário, no mínimo, amor: pela educação e pelos alunos, já que nos tornamos responsáveis pelo saber do outro”.

Renata Malverdi
“Logo no primeiro semestre do curso de Letras entendi que não escolhi, fui escolhida. Acredito que lecionar seja mesmo uma vocação, ensinar é um trabalho muito difícil e poucos se empenham para fazê-lo com louvor.  A sala de aula é o espaço de encontro entre alunos, professores e o conhecimento. Nós, professores, nos tornamos um mediador, nosso trabalho é facilitar a transmissão de conhecimentos. A relação com os alunos é, sem dúvida, um dos fatores que mais contribuem para meu entusiasmo e satisfação como profissional. Sei o nome de todos os meus alunos, sei descrevê-los um a um. Isso nos aproxima. É claro que temos obstáculos, mas não há nada tão compensador que um obrigado de um aluno, uma cartinha de carinho, um reconhecimento singelo, mas de grande valia pra quem faz disso uma carreira”.

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