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Formação de pais e docentes influencia nos resultados

Redação Folha Vitória

São Paulo - Um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) feito pelos economistas Gabriel Correa e Isabela Ópice aponta que a desigualdade passa também pela diferença de formação dos pais, infraestrutura das unidades e qualidade dos professores e diretores. Ao avaliar a proporção dos que completaram o ensino superior entre os 10% de NSE mais baixo e 10% mais alto na Prova Brasil, ficou evidente um contraste: só 2,9% das mães de alunos das piores escolas completaram o ensino superior. Nas melhores, a proporção é de 13,6%.

A pesquisa também aponta que a desigualdade está concentrada no Nordeste e, principalmente, na zona rural: 72% das piores escolas (10% das notas mais baixas na Prova Brasil) estão ali, enquanto 55% das melhores escolas (10% das notas mais altas) estão no Sudeste.

Outro fator apontado é a falta de equipamentos e a qualidade dos professores: só 34% das escolas mais pobres têm biblioteca adequada. O número sobe para 77% entre as melhores. Entre os mais pobres, mais da metade dos diretores e professores (60%) têm, no máximo, dois anos de experiência no cargo, número que cai para 35% nas melhores unidades. Além disso, só 6% deles têm ensino superior nas piores, enquanto nas melhores o índice é de 30%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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