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Cinco coisas que você precisa saber antes de guardar o dente de leite do seu filho

O cuidado com os dentes de leite é importante para todos e fundamental para quem quer guardar as células-tronco e se prevenir para o futuro

O que fazer com os dentinhos de leite do seu filho? Foto: Divulgação

O que você faz com os dentes de leite do seu filho? Para muitos, alimentar a imaginação das crianças com a história da fada do dente é a melhor opção. Outros, mais saudosistas, guardam em uma caixinha por um longo tempo.

Já para muitos cientistas, a melhor opção é transformar as células-tronco da polpa desse dentinho em diferentes tecidos do corpo humano, como ossos, cartilagens, músculos, órgãos, entre outros.

Por esse motivo, cuidar dos dentes de leite é importante para todos e fundamental para quem quer guardar as células-tronco e se prevenir para o futuro.

Para entender melhor o funcionamento da extração do dentinho para o armazenamento das células, o Centro de Tecnologia Celular R-Crio lista cinco dicas de cuidados para os dentes de leite.

Extração

Nada de amarrar barbantes, linhas, fio dental e arrancar o dentinho no tranco. Todo tesouro deve ser bem cuidado. As células-tronco são muito especiais, mas não podem ser retiradas de um dentinho que já caiu. Não vale fazer a extração de qualquer jeito, em qualquer lugar e por qualquer pessoa; ela deve ser feita por um dentista confiável, com toda experiência e que esteja credenciado a um Centro de Tecnologia Celular (CTC).

Higiene

Na nossa boca estão presentes diversas bactérias que podem comprometer o dente quando retirado em casa. O dentista é o melhor profissional para orientar e fazer a extração. Ela deve ocorrer quando o dentinho ainda possuir um terço da raiz ou estiver aparentemente mole. Isso também pode evitar quaisquer possíveis traumas à criança.

Para garantir a qualidade do material, o dentinho precisa ser extraído por um dentista no consultório. Após esse procedimento, o material deve ser enviado em até 48 horas para o laboratório, onde as células-tronco serão extraídas e multiplicadas, além de passarem por testes que comprovarão sua qualidade e aplicabilidade. Ou seja, não valem dentinhos deixados no travesseiro, caixinhas ou gavetas para “recordação”.

Armazenamento

É no laboratório que a mágica acontece. Lá as células-tronco são extraídas e expandidas, para no final serem armazenadas em tanques de nitrogênio líquido, a -196°C. O armazenamento deve, necessariamente, ser feito junto a um Centro de Tecnologia Celular (CTC) especializado em células-tronco de polpa de dente de leite, que esteja credenciado ao Conselho Federal de Odontologia (CFO) e tenha as licenças de funcionamento emitidas pela Anvisa.

Regeneração

Por apresentarem grande potencial para auxiliar na regeneração de diversos tecidos humanos, atualmente diversas pesquisas com células-tronco estão sendo realizadas. Ao extrair e armazenar as células do dentinho do seu filho, você – mãe ou pai – está assegurando a possibilidade de tratamentos inovadores com base nas pesquisas que envolvem a medicina regenerativa, em caso de futura necessidade, inclusive no tratamento de diabetes, Alzheimer, problemas cardíacos, entre outros problemas.

Referências

O dente de leite já levou nossos cientistas à NASA. De acordo com dados do National Institutes of Health (NIH), existem no mundo mais de cinco mil testes clínicos com células-tronco, em estágio avançado. Somente em 2015 foram feitos mais de 533 estudos clínicos utilizando as células-tronco mesenquimais, boa parte delas provenientes da polpa do dente de leite. As pesquisas sobre células-tronco mesenquimais foram abordadas em abril deste ano no Space Life Sciences Laboratory (uma parceria entre o Governo da Flórida e a NASA), nos Estados Unidos por especialistas da R-Crio, que foram convidados para se apresentarem por lá. E a parceria não parou por aí. Juntos, muitas novidades sobre ciência e educação estão por vir.

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