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Dor de garganta faz menino ter ataques de fúria e agredir a mãe

Há três anos, Cameron Lindsay luta contra doença que estimula comportamentos psicóticos. O menino foi diagnosticado inicialmente com síndrome de Tourette

O doença faz com que o menino fique agressivo Foto: Reprodução/PARealLife

Um menino de 14 desenvolveu síndrome após uma infecção na garganta. Cameron Lindsay, da Irlanda do Norte, passou a ter ataques de fúria tão extremos que começou a atacar a si mesmo e à família com facas de cozinha. 

A mãe disse que até pensou que o filho estivesse 'possuído'. Cameron era um menino normal e saudável, mas, em 2013, o menino começou a apresentar tiques nervosos. Os pais, a princípio, pensaram que era apenas preocupações escolares. As informações são do portal de notícias britânico DailyMail.

No entanto, após as férias de inverno, Cameron começou a sofrer contorções corporais, tiques muito violentos e ansiedade severa. Foi quando os pais decidiram leva-lo ao médico. Ele foi transferido para o Hospital Infantil Royal Victoria, e foi diagnosticado inicialmente com síndrome de Tourette.

Mas ao examiná-lo com profundidade, os especialistas descobriram elevados níveis de estreptococos no sangue de Cameron, e ele foi diagnosticado com PANDAS (Desordens Neuropsiquiátricas Autoimunes Pediátricas, na sigla em inglês) associadas a infecções por estreptococos. 

A doença se manifesta quando o organismo tenta combater uma infecção e acaba destruindo algumas células do cérebro. Apesar de ele ter sido sempre uma criança saudável, os médicos acreditam que a síndrome se deu após a infecção de garganta.  O menino tem frequentado o hospital com frequência nos últimos três anos, na tentativa de tentar controlar seus sintomas. Ele passou por uma cirurgia de remoção de amídalas — onde as bactérias se concentravam de forma abundante — com o intuito de evitar ataques de fúria. Um dos momentos mais assustadores para a família de Cameron foi quando ele agrediu sua mãe — que ficou com um olho roxo, costelas machucadas e teve os dedos quebrados.

"No começo, eu estava com medo de leva-lo ao médico, porque pensei que fossem interná-lo por psicose. Foi um choque ver como uma criança normal e saudável desapareceu rapidamente. Foi muito, muito, muito assustador, porque eu realmente acreditei que ele estava sendo possuído por forças malignas. Ele é extremamente agressivo. Quando tento impedi-lo de fazer algo, ele diz que espera que eu morra queimada em um acidente de carro e que eu volte para a casa em um caixão."

O menino tem passado por tratamentos, que envolvem injeção de imunoglobulina intravenosa — faz o bombeamento de anticorpos diretamente na corrente sanguínea. Mas seus sintomas continuam a se manifestar. Ele também sofre de dores intensas na cabeça, transtorno obsessivo-compulsivo e sua memória de curto prazo está se deteriorando cada vez mais. A mãe de Cameron leve uma lesão cerebral após ser agredida pelo filho. O garoto só pode frequentar a escola de seis a nove horas por semana, e precisa de apoio em tempo integral. Seus ataques de fúria tornaram-se tão devastadores que sua irmã Annie, agora com 12 anos, muitas vezes tem que ficar na casa de amigos da família para sua própria segurança. 

"Ela tem sofrido o impacto da doença do irmão, que já tem 14 anos e é muito maior que ela. Pode agredi-la a qualquer momento. Quando Cameron me pergunta o que aconteceu com ele, eu uso a analogia do terremoto: explico que quando tremores atingem uma cidade, demora muito tempo para que ela seja reconstruída. Mas que, enquanto isso não acontece, a cidade funciona com energia reduzida, rotas alternativas precisam ser tomadas e a vida normal não é possível", explicou a mãe. 

Com informações do Portal R7!

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