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"Não há colapso na rede privada", diz secretário de saúde sobre aumento na ocupação de leitos

A secretaria não vai recomendar que a rede privada construa hospitais de campanha

Foto: Divulgação

Após a repercussão de comentários em redes sociais e aplicativos de mensagens sobre o aumento de casos de pacientes com doenças respiratórias e do aumento na ocupação de leitos de UTI em hospitais particulares do Espírito Santo, o secretário de Saúde do Estado, Nésio Fernandes, afirmou, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (30), que não há colapso na rede. 

De acordo com Nésio, o aumento de casos é um fato conhecido da secretaria de saúde. Ele disse que os leitos, também, estão sendo ocupados por pacientes de outras doenças, que após a retomada de atividades sociais, voltaram a aparecer tanto na rede privada como na rede pública.

"Nos meses de abril, maio, junho e julho, houve uma redução grande de infartos, traumas, acidentes de trânsito e outras doenças, que deixou os hospitais com uma ocupação entre 25% e 40% dos leitos. No entanto, a partir da retomada das atividades econômicas e sociais, tanto a rede privada como a rede pública, passaram a absorver também um retomada de atendimento de pacientes com outras condições de saúde", disse.

"As oscilações de aumento do número de casos de covid-19 em pacientes que ocupam leitos de enfermaria e leitos de UTI's pressionam os sistemas de saúde. Dentro da rede privada, nós observamos que não há um colapso. Nós temos o comportamento, em alguns planos de saúde, o esgotamento da capacidade e a dificuldade de atender sua clientela, no entanto, eles possuem convênios e a possibilidade de compras de leitos da rede privada conveniada", completou o secretário.

De acordo com Nésio, a secretaria não vai recomendar que a rede privada construa hospitais de campanha. "Recomendamos que esses planos passem a adotar a estratégia como o Estado adotou, de comprar leitos na rede privada e garantir o acesso dos pacientes conveniados", disse.

Ainda segundo o secretário, estratégias estão sendo estudadas para que em caso de uma segunda onda de casos de coronavírus, o Estado possa atender todos os pacientes.  Ele informou que a rede estadual ainda tem 160 leitos a serem inaugurados até o final de 2020 e que leitos do hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, serão revertidos para o atendimento de pacientes vasculares e vítimas de traumas.

O secretário também não descarta a possibilidade de retomada de estratégias de distanciamento social mais robustas, em caso de uma eventual segunda leva de casos e óbitos.

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