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Funcionários preferem o trabalho híbrido, aponta estudo

Gestores temem piora na gestão e evasão de colaboradores; 30% dos funcionários irão em busca de um novo emprego caso precisem trabalhar 100% presencial; as empresas começam a se movimentar para implementação do trabalho híbrido.

Foto: Divulgação/DINO

Com o avanço da vacinação e queda dos novos casos de infecção pelo novo Coronavírus, modelo híbrido de trabalho começa a ser adotado. De acordo com pesquisa realizada pela Robert Half, empresa de recrutamentos especializados, mais de 30% dos homens e 40% das mulheres cogitariam a troca de emprego caso não tivessem a opção de trabalhar remotamente, mesmo que em alguns dias da semana.

A pesquisa também levantou que, dos 41,9% das empresas que já decidiram o modelo de trabalho, 46% optaram pelo modelo híbrido e 19% flexibilizaram a escolha, podendo o funcionário optar pela forma como pretende trabalhar.

A preferência varia de acordo com a faixa etária dos trabalhadores. Segundo a Adecco, empresa de gestão de recursos humanos, os jovens são os que têm o maior desejo de trabalhar presencialmente (56%).

Segundo dados do Gartner, 36% dos profissionais que estiveram em home office consideram ter aumentado a produtividade. Em contrapartida, houve um aumento de 14% na jornada de trabalho, o que acabou afetando algumas pessoas.

Neste ano, a gestão das equipes teve piora. Apenas 45% dos gestores acreditam ter uma boa conexão com suas equipes. Esse dado, somado ao desejo dos funcionários de permanecer trabalhando de casa, tem preocupado 49% dos executivos, que temem a evasão de bons colaboradores, já que seria mais fácil promover a cultura empresarial convivendo presencialmente.

Além disso, outros fatores como motivação (64% consideram-se motivados) e saúde mental (43% acreditam ter piorado) preocupam as empresas.

Ferramentas ajudam na rotina dos funcionários e gestão das empresas

Filipe Maia, cofundador da Lean Solutions – empresa especialista em treinamentos corporativos e transformação digital, que atua de forma 100% remota –, destaca a necessidade de levar capacitação através da tecnologia a diferentes setores para que consigam acompanhar a tendência do mercado, além de facilitar a rotina dos funcionários.

"Hoje existem diversas soluções que ajudam o funcionário a trabalhar remotamente. É possível gerenciar tarefas, acompanhar resultados, fazer melhorias nos processos, tudo de forma online, com o uso das ferramentas certas", analisa.

Maia também destaca que os setores de RH podem ganhar tempo e agilizar muitos processos se conhecerem essas ferramentas e treinarem seus colaboradores. Além de conseguir monitorar todos os setores da empresa de um mesmo dispositivo, alguns processos repetitivos podem ser deixados de lado, como o fechamento mensal – uma demanda cansativa que, segundo o cofundador, demanda tempo de muitos profissionais.

"Agora estamos nos preocupando com o uso de ferramentas facilitadoras por estarmos em casa, mas antes mesmo da pandemia, algumas dessas ferramentas já estavam disponíveis e as pessoas não se davam conta da utilidade e agora estão precisando correr atrás de treinamentos e workshops para não saírem no prejuízo", afirma.  

 

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