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Indígenas de Aracruz passam a vender mel e derivados pela internet

Os produtos da marca Tupyguá são produzidos a partir de iniciativa que tem o apoio da Suzano

As comunidades indígenas Tupiniquim e Guarani do município de Aracruz agora contam com uma loja virtual para comercializar os itens da marca Tupyguá, produzidos pelos participantes da Cooperativa de Agricultores Indígenas Tupiniquim e Guarani de Aracruz (Coopyguá). A cooperativa é resultado do resgate de uma das tradições indígenas, a meliponicultura (criação de abelhas nativas sem ferrão), projeto que faz parte do Programa de Sustentabilidade Tupiniquim e Guarani (PSTG), apoiado pela Suzano.

Com o apoio da empresa, que fornece materiais, tecnologia e a assistência técnica para manejo das colmeias e comercialização dos produtos, 73 famílias indígenas participam do projeto e contam com 1.200 colônias de abelhas nativas uruçu-amarela. Além de potencializar as vendas, a comercialização on-line contribui para levar os produtos da marca Tupyguá a outras regiões do Espírito Santo e do Brasil. A marca tem produtos como mel in natura, mel maturado, cera e pólen.

A consultora de Desenvolvimento Social da Suzano, Vanessa Ronchi, salienta que o mel Tupyguá é um produto nobre produzido por comunidades tradicionais, o que o torna ainda mais valorizado. “O e-commerce é uma maneira de expandir a utilização dos produtos dos indígenas de Aracruz para outros lugares, divulgando um trabalho que é referência e que está alinhado às práticas sustentáveis, gerando renda para as famílias participantes”, pontua Vanessa.

O projeto de meliponicultora desenvolvido pelos indígenas e Suzano foi iniciado em 2012, com poucas famílias participantes e, a cada ano, esse número cresce juntamente com a multiplicação das colônias. Everardo Santana, da aldeia Caieiras, é um dos novatos do programa que recebeu este ano cinco colônias. Toda família começa com essa quantidade e vai multiplicando. Ele vê na meliponicultora uma alternativa de complementar a renda familiar.

Há mais tempo no programa, Ana Aparecida Vieira é da aldeia de Irajá e vê a meliponicultora como um resgate das tradições dos antepassados. “É bom para a nossa sustentabilidade, temos o trabalho de agricultura e vivemos da roça. O mel é um bom complemento financeiro e com o que recebemos da atividade já consegui reformar a casa”, conta orgulhosa. Ela trabalha juntamente com os três filhos e tem 16 colônias de uruçu-amarela.

No ano de 2021, as comunidades indígenas tiveram uma safra recorde de 725 quilos de mel de abelhas nativas sem ferrão. Muito apreciado na gastronomia, o mel dos indígenas de Aracruz é mais líquido e ácido que o mel tradicional e caiu no gosto de chefs renomados, como Alex Atala, que é um dos clientes da cooperativa.

A Tupyguá é uma linha de produtos agroecológicos e, ao apoiar a iniciativa, a Suzano contribui com a geração de renda, desenvolvimento regional e também para a manutenção da cultura e da tradição das comunidades indígenas. Para saber mais e adquirir os produtos acesse o site: tupygua.myshopify.com


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