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Prédio que desabou em Vila Velha era uma construção irregular, aponta Crea-ES

Pessoas que moram próximo ao prédio, no bairro Ataíde, contaram que o imóvel estava abandonado desde 2018

Foto: Divulgação/ Crea-ES

O imóvel abandonado que desabou na madrugada desta quarta-feira (13) no bairro Ataíde, em Vila Velha, foi construído de forma irregular. A afirmação é do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), após uma vistoria no local.

Segundo o órgão, o prédio foi erguido sem o acompanhamento de profissionais ou empresas registradas no Conselho. Além disso, a construção está em um terreno frágil e não tinha manutenção preventiva e periódica. 

O engenheiro civil e gerente de fiscalização do Crea-ES, Leonardo Leal, esteve com uma equipe no local na tarde desta quarta-feira para realizar a vistoria técnica e fiscal na estrutura do imóvel. 

Ele destacou a importância da população denunciar obras irregulares para evitar acidentes futuros. “O Crea-ES tem o canal denúncia on-line na pagina principal do site. Uma ferramenta poderosa, muito importante na prevenção de riscos e acidentes”, frisou.

Representantes do órgão afirmam que as chuvas desta terça-feira (12) também podem ter contribuído para o desabamento. A junção desses fatores, de acordo com o Conselho, fizeram com que prédio de dois andares desabasse. 

O acidente aconteceu por volta das 4h da madrugada. Câmeras de videomonitoramento registraram o momento da queda da construção. Veja: 

Por conta do desabamento, casas que ficam ao lado do terreno foram danificadas e a residência de uma idosa de 83 anos precisou ser interditada. Ela foi sinalizada pela Defesa Civil a deixar o local. Segundo a prefeitura do município, a idosa está provisoriamente na casa da filha.

Um morador da região conversou com a TV Vitória/Record TV e contou que o problema do prédio é antigo. O imóvel está abandonado há cerca de três anos.

"Estamos lutando desde 2018 com esse prédio abandonado que causou um transtorno para todos nós", contou.

Ainda de acordo com os moradores do bairro, o proprietário da construção inacabada morreu em um acidente, na Rodovia Darly Santos. Desde então, o imóvel ficou abandonado e sem cuidados.

O filho do dono do imóvel contou que o prédio tinha mais de 40 anos e que estava vazio há cerca de cinco anos. Segundo o rapaz, ele e os irmãos já tinham iniciado o processo de demolição, que não foi concluído porque a ação foi embargada pela Defesa Civil do município.

A Defesa Civil informou que esteve no local, em 2018, e elaborou um Relatório de Vistoria e Notificação ao proprietário do imóvel para que ele realizasse a demolição da construção irregular. A obra foi embargada para que não houvesse continuidade e a demolição ocorresse dentro das normas técnicas.  

O presidente do Conselho, Jorge Silva, destacou ainda que o Crea-ES orienta a população sobre o desenvolvimento de obras.

“Nossa função é a fiscalização do exercício profissional, mas nossa atuação tem ido além, educando, orientando e alertando para que obras e serviços de Engenharia, Agronomia e Geociências sejam realizados por empresas e profissionais legalmente habilitados e dentro das normas e legislação vigentes”, esclareceu.

Veja como ficou terreno após desabamento de prédio

Divulgação/ Crea-ES
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